Presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, esteve presente em Fórum realizado pela Organização Internacional do Café (OIC), em Londres. Segundo ele o Brasil não vai aceitar que importadores premiem a baixa produtividade de países produtores, isso porque, o evento prevê uma assinatura dos principais importadores para fomentar a atividade em países que sofrem com queda dos preços.
Para Silas, o benefício ao cafeicultor oferecido nesta Declaração é ineficiente e vai em uma direção contrária a de valorizar quem tem investido para melhorar sua atividade. "Vamos aguardar o documento e vai chegar a hora em que vamos contestar. Vamos nos manifestar assim que tivermos mais detalhes", considerou. Uma prévia da declaração dos importadores já está disponível, mas apresenta apenas um esboço genérico das intenções, sem dados práticos.
O peso do voto do Brasil na OIC é o maior do lado dos países produtores. "Uma resolução assim (que premia a ineficiência), não passa", garantiu. O maior comprador de café do Brasil hoje e o segundo maior consumidor mundial são os Estados Unidos, que se desligaram da entidade no ano passado. Há expectativa de que os americanos voltem a fazer parte da OIC.
Silas salientou que países com menor produção são mais impactados com a crise dos preços. O Brasil se tornou maior produtor e exportador por conta de investimentos nos últimos vinte anos em pesquisa. Com isso, o Brasil aumentou sua produtividade e controlou os custos.
As informações são da Agência Estado