O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, entrou em contato com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, para solicitar a adoção de medidas efetivas por parte do Governo Federal que permitam que os trabalhos no campo continuem, assim como a manutenção dos empregos e da renda a produtores, cooperativas e trabalhadores.
“Temos plena noção da gravidade que o mundo enfrenta relacionada à pandemia do coronavírus (covid-19), assim como da necessidade da manutenção de atividades essenciais à população, como os serviços de saúde, segurança, imprensa e, principalmente, do agronegócio, que são os profissionais que alimentam o mundo”, destaca Silas.
Segundo ele, o momento exige cautela e é necessário que as recomendações das áreas de saúde de nossos governos estaduais e federal e da Organização Mundial da Saúde (OMS) sejam levadas a sério para mitigar a proliferação do vírus.
“Nossa solicitação está revestida de bom senso. Não queremos ninguém exposto ao risco, mas sim que amparemos nossos produtores e trabalhadores no exercício de seu labor, seguindo as orientações das autoridades sanitárias, de maneira que estejam protegidos e mantenham a locomotiva do agro, em especial do café, andando sobre os trilhos”, explica.
O presidente da CNC se colocou à disposição da ministra para contribuir, “se necessário in loco”, no alcance de medidas que garantam a manutenção das atividades no campo, que deve seguir produzindo e garantindo o abastecimento de alimentos no Brasil e no mundo.
Entre os pleitos que o CNC levou ao Mapa está a liberação de recursos aos cafeicultores e suas cooperativas. “Temos extrema necessidade da antecipação de recursos do (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) Funcafé. Essa medida é essencial para que possamos honrar os compromissos com nossos fornecedores e trabalhadores, pois iniciamos a colheita”, argumenta.
A entidade também manifestou ao governo, caso haja impacto na exportação dos cafés do Brasil devido à falta de contêineres, a necessidade de prorrogação de vencimentos dos financiamentos tomados pelo setor.
“A flexibilização dos prazos de pagamento a partir da safra 2020/2021 é importante devido à insegurança nos países importadores, que consomem dois terços de nossa produção. Em função das incertezas causadas pela Covid-19, poderá haver a necessidade do adiamento para que a renda e os empregos do setor produtor não sejam impactados. Nesse momento de dificuldade ocasionado pelo coronavírus, precisamos manter as atividades, a geração de empregos e o poder de compra de produtores, trabalhadores e fornecedores”, explica.
Silas revela que Tereza Cristina está comprometida, em contato com todos os segmentos do agronegócio do país, a apresentar medidas governamentais que sejam eficazes a cada setor.
“Nossa ministra está imbuída em implantar propostas que mantenham a chama do agro acesa, pois o governo entende a necessidade da agilidade do setor não ser impactado devido a sua importância econômica e, principalmente, por ser o segmento que alimenta o Brasil e o mundo”, conclui.
As informações são do CNC.