A Aliança AgroBrazil, composta pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e mais 15 entidades do agro, defenderam o avanço nas negociações para um acordo de livre comércio com a Coreia do Sul.
A próxima conversa entre o Mercosul e os coreanos deve acontecer na próxima semana, no Uruguai. A expectativa do Brasil é de que as conversas evoluam. “Desejamos que as rodadas de negociações da próxima semana possam trazer resultados concretos para o Brasil”, diz o presidente da CNA, João Martins.
Em documento encaminhado ao ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira destaca o potencial daquele mercado e elogia o Itamaraty no diálogo para a entrada de mais produtos do agronegócio no país asiático.
Apesar da Coreia do Sul ser o oitavo maior importador de alimentos do mundo, o Brasil ocupa a 11ª posição entre os países que embarcam itens agropecuários para o mercado sul coreano, o que reforça a necessidade de um acordo comercial.
“Entre os dez principais parceiros da Coreia do Sul, oito deles possuem acordos com o país. Isso se traduz em altas tarifas paga pelos produtos brasileiros que, em muitos casos, inviabilizam o seu acesso diante de seus concorrentes”, diz o documento.
Segundo a Aliança, enquanto a tarifa média sul-coreana é de 13,7%, os bens agrícolas do Brasil enfrentam picos e escaladas tarifárias que chegam a 700% em razão da ausência de um acordo comercial.
Além das tarifas, as entidades alegam que as barreiras não tarifárias, como a falta de certificados sanitários e fitossanitários, são entraves importantes para o acesso dos produtos brasileiros ao mercado coreano.
Desta forma, diz a Aliança AgroBrazil, o livre comércio seria a alternativa mais viável e não um acordo preferencial. “Temos certeza que esses e outros temas só serão tratados no âmbito de discussões de livre comércio. Os acordos de comércio preferencial têm se mostrado inúteis para expansão e consolidação o produto brasileiro”.
As informações são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).