Na semana passada (de 13 a 17 de julho), os contratos futuros do café brasileiro encerraram com fortes altas no mercado internacional. Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro/2020 fechou a sessão de 23 de julho a US$ 1,075 por libra-peso, acumulando ganhos de 520 pontos. Na ICE Europe, o vencimento setembro/2020 avançou US$ 57, cotado a US$ 1.350 por tonelada.
Analistas acreditam que a alta foi puxada por recompra de posições por parte dos fundos e pelo enfraquecimento do dólar. Mesmo assim, eles pedem cautela, já que a colheita de café no Brasil caminha sem mudanças climáticas, o que deve garantir a oferta global nos próximos meses.
A moeda norte-americana declinou 3,1% no acumulado da última sexta-feira (17) até ontem (23), encerrando o pregão a R$ 5,2134. O fraco desempenho foi em função da entrega ao governo da proposta de reforma tributária ao Congresso Nacional e um possível avanço no tema, da aprovação de um fundo bilionário de recuperação na Europa e do noticiário positivo sobre testes para vacinas contra o coronavírus.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o tempo quente e seco, que favorece o andamento da colheita, deve começar a mudar na próxima semana, com a chegada de uma frente fria no Sudeste entre os dias 29 e 30. Há previsão para ocorrência de chuvas, com baixo volume, no leste de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, elevando a umidade do ar. Na sequência, uma nova massa de ar frio chega à região e derruba as temperaturas.
No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informa que as cotações avançaram e negócios vêm sendo registrados, mas a liquidez segue limitada. Os indicadores calculados pela instituição para o arábica e canéfora se situaram em R$ 509,02/saca e R$ 361,51/saca, com altas de 0,9% e 1,3%, respectivamente.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).