O coordenador do Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, e o coordenador do projeto Campo Futuro no CIM, Heitor Parreiras, participaram no 4º Seminário Nacional do Campo Futuro. Promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o evento ocorreu no dia 24/10, em Brasília/DF. Na ocasião, eles puderam tornar públicos os resultados do trabalho realizado para as cadeias produtivas de cafeicultura, horticultura e fruticultura.
“Precisamos desenvolver ações que direcionem os produtores a utilizarem os mercados futuros, como programas em parceria entre entidades públicas e privadas para treinamento e desenvolvimento de técnicos com conhecimento em Mercado de Derivativos, além de proporcionar condições, por meio de ações coletivas, para que pequenos produtores possam se beneficiar do processo”, ressaltou Castro.
Para o professor, a utilização dos mercados futuros pode se dar com a disponibilização de profissionais que mostrem ao produtor as vantagens quanto à gestão de risco, viabilizando as operações. Ele também propôs o financiamento da Margem de Garantia e Ajustes Diários, por meio de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Quanto ao modelo de assistência coletiva, a proposição prevê o seguinte ciclo de aprendizagem: Experiência/Observação, Análise/Reflexão, Informação Adicional/Troca de Experiência, Aplicação/Tomada de Decisão. Este modelo seria uma proposta ao que já é utilizado pela Fundação Newmann, mas que abrange apenas a assistência e a metodologia do Senar, utilizando a assistência técnica e gerencial de forma individual.
O representante da UFLA comentou sobre a experiência bem sucedida da universidade em relação à criação de um espaço de desenvolvimento de startups, o InovaHub, com foco no agronegócio. O local atua nas etapas de Sensibilização; Educação e Conexão; Ideação; Pré-Aceleração; Startups Residentes; e Transferência de Tecnologia.
Heitor Parreiras apresentou os resultados do projeto Campo Futuro no ano 2018, relacionados às culturas de café (arábica e robusta), banana (prata e nanica), maçã (gala, fuji e eva), alho, batata, brócolis, cenoura e tomate. Ele mencionou os fatores meteorológicos que influenciaram positivamente ou negativamente a produção dessas culturas nas regiões analisadas, bem como a situação desse fator para o início da próxima safra.
Parreiras citou também os principais problemas de pragas e doenças enfrentadas em cada uma das culturas onde houve pressão desses fatores, além de apresentar perspectivas para a próxima safra. “O seminário foi um evento bastante proveitoso, que contou com a presença de grandes nomes do agronegócio brasileiro. O evento nos deu uma visão geral do cenário atual da agricultura e pecuária brasileiras, bem como do que se esperar para o futuro desses setores”, destacou.
O Campo Futuro é um projeto que alia a capacitação do produtor rural à geração de informação, direcionada ao gerenciamento de risco de preços, custos e produção. A iniciativa é realizada pela CNA e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com universidades e centros de pesquisas, além das Federações de Agricultura e Pecuária dos Estados. O levantamento das informações é feito por meio de painéis nas principais regiões produtoras e municípios de cada atividade produtiva.
As informações são da Ascom InovaCafé.