O mercado futuro do café arábica, que abriu esta quarta-feira (7) com quedas técnicas, passou a operar com altas técnicas e próximo da estabilidade na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O dia está sendo de estabilidade para o café, em um momento em que todo o setor aguarda pelo retorno efetivo das chuvas nas áreas produtoras brasileiras.
Por volta das 11h48 (horário de Brasília), dezembro/20 tinha alta de 35 pontos, valendo 108 cents/lbp; março/21 subia 30 pontos, negociado por 110,15 cents/lbp; maio/21 registrava alta de 40 pontos, valendo 111,85 cents/lbp; e julho/21 tinha valorização de 30 pontos, valendo 113,30 cents/lbp.
Minas Gerais enfrenta o déficit hídrico mais severo dos últimos anos e o produtor aguarda pelo retorno das chuvas para tentar minimizar os impactos da seca na próxima produção. Segundo o professor José Donizete Alves, pesquisador da UFL, as baixas para a safra de 2021 já existem, mas ainda não é possível quantificá-las. Além da falta de chuva, as altas temperaturas também castigam os cafezais.
Segundo Paulo Sentelhas, professor da Esalq/USP com especialização em agroclimatologia, a chuva deve continuar irregular até novembro em toda área de produção de café arábica do Brasil. "A expectativa é de que as chuvas voltem a partir do fim de outubro e que a estação chuvosa se restabeleça mesmo em novembro", comentou no Fórum Café e Clima, promovido pela Cooxupé.
"Produtores brasileiros de café arábica e robusta estão atentos ao clima. Esse cenário, somado ao alto volume da atual safra já comercializado, mantêm baixa a liquidez envolvendo a safra 2020/21", destacou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em sua análise semanal. Ainda segundo a publicação, produtores, por sua vez, se mostram mais capitalizados neste ano, após terem comercializado grande volume da safra 2020/21 a preços mais remuneradores.
"Agentes consultados pelo Cepea indicam que o clima tem prejudicado a condição fisiológica das plantas, que já estavam debilitadas após a colheita, especialmente no caso do arábica. Com o tempo quente e seco, as primeiras floradas já abertas também podem ser abortadas", destacou a análise.
Mercado interno - última sessão
O tipo 6 bebida dura bica corrida manteve o valor de R$ 552 em Guaxupé (MG). Poços de Caldas (MG) manteve o valor de R$ 510. Araguarí (MG) manteve o valor de R$ 550. Varginha (MG) manteve a negociação por R$ 550. Campos Gerais (MG) manteve a cotação por R$ 543. Patrocínio (MG) teve queda de 0,93%, estabelecendo os preços por R$ 530.
O tipo cereja descascado manteve o valor de R$ 595 em Guaxupé (MG). Poços de Caldas (MG) manteve o valor de R$ 560. Varginha (MG) manteve a negociação por R$ 600. Campos Gerais (MG) manteve o valor de R$ 603. Patrocínio (MG) registrou queda de 0,85%, negociado por R$ 580.
As informações são do portal Notícias Agrícolas.