No último domingo (21) foi anunciado o resultado do Cup of Excellence - Brazil 2018. Na categoria “Pulped Naturals” (cereja descascado), a grande campeã dentre 37 amostras analisadas foi a empresa Primavera Agronegócios, com o café “gueixa” produzido na Fazenda Primavera, em Angelândia, na região da Chapada de Minas Gerais. O café atingiu 93,89 pontos.
“Esse prêmio mostra que o trabalho vale a pena, que a dedicação é importante e que somos profissionais no que fazemos. Muito além do financeiro, o mais importante é poder mostrar para o mundo que o Norte de Minas também produz café de excelência. Esse prêmio é de todos da fazenda Primavera”, disse Leonardo Montesanto Tavares, diretor do Grupo Montesanto Tavares.
Da esquerda para direita, Leonardo Tavares (campeão Pulped Naturals) e Ismael Andrade (campeão Naturals).
Nesta categoria receberam o título de café presidencial, ao obter nota superior a 90 pontos, os seguintes produtores:
- Reinaldo Garcia dos Santos, Sítio Fortaleza - Luisburgo, região de Matas de Minas;
- Empresa Dimap, Fazenda Santo André - Pratinha, na Denominação de Origem do Cerrado Mineiro;
- Maria José Junqueira Céglia, Granja São Francisco - Carmo de Minas, na Identificação de Procedência da Mantiqueira de Minas;
- Antônio Macedo Souza, Sítio Santo Antônio - Piatã, Chapada Diamantina, Bahia.
O café cultivado por Maria do Carmo Andrade, na Fazenda Paraíso, em Carmo do Paranaíba, da Denominação de Origem do Cerrado Mineiro, foi o campeão na categoria “Naturals” (via seca), com 93,26 pontos.
Ismael José de Andrade recebeu o troféu e afirmou que o prêmio é uma grande responsabilidade. “É o coroamento de uma vida de trabalho e dedicação, minha, da minha família e de todos os envolvidos, muita gente que acredita no café e no potencial dele. Estou muito feliz”, conta.
Ismael José de Andrade é o vencedor da categoria Natural do Cup of Excellence
Outros sete cafés também receberam o título de café presidencial, com nota superior a 90 pontos:
- Robson Vilela Martins, Fazenda São Pedro - município de Cristina, Mantiqueira de Minas;
- Salvador da Paixão Mesquita, Chácara São Severino - Piatã, na Chapada Diamantina, Bahia;
- Silvia Dias Cambraia, Fazenda Campo Alegre - Santo Antônio do Amparo, Sul de Minas Gerais;
- Álvaro Antônio Pereira Coli, Sítio da Torre - Carmo de Minas, região da Mantiqueira de Minas;
- Augusto Borges Ferreira, Sítio Fortaleza - São Gonçalo do Sapucaí, Minas Gerais, em Mantiqueira de Minas;
- Alessandro Alves Hervaz, Fazenda Fortaleza - São Gonçalo do Sapucaí, Minas Gerais, região da Mantiqueira de Minas.
Entre 29 de novembro e 7 de setembro, os lotes finalistas das duas categorias irão participar de leilões internacionais, onde 100 potenciais compradores de 40 países aguardam para arrematar as sacas brasileiras. Em 2017, por exemplo, sacas de café cereja descascado chegaram a ser leiloadas por R$ 55 mil e do café natural por mais de R$ 39 mil.
O Cup of Excellence – Brazil 2018 é uma ação integrante do projeto setorial "Brazil. The Coffee Nation", que é desenvolvido em parceria da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e Apex-Brasil e tem como foco a promoção comercial dos cafés especiais brasileiros no mercado externo.
Para Vanusia Nogueira, diretora da BSCA, o concurso pode selecionar os cafés nacionais com um nível de excelência diferenciado, apresentando a variedade e qualidade dos grãos brasileiros. “Os juízes ficaram surpresos com a diversidade dos cafés recebidos, principalmente os da categoria Pulped Naturals, que destacaram o que nossas diversas variedades e origens produtoras são capazes de entregar, com excelência e em quantidade, o que há de melhor ao mundo”, comenta.
O concurso
Foram mil amostras de café tanto na categoria Pulped Naturals (via úmida) quanto Naturals (via seca). A região com o maior número de vencedores na categoria "Naturals" foi a Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas, com 15 amostras (40,54% do total). Na sequência vieram a Denominação de Origem do Cerrado Mineiro, com nove lotes (24,32%); Sul de Minas, com seis cafés (16,22%); Chapada Diamantina, com três amostras (8,11%); Matas de Minas, com dois lotes (5,41%); e Média Mogiana e Indicação de Procedência da Alta Mogiana de São Paulo, com um café cada (2,70%).
Entre os 30 vencedores da categoria por via úmida, o destaque foi para a região da Chapada Diamantina, que respondeu por 15 desses lotes. Os demais ganhadores foram produzidos na Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas, com sete amostras (23,33%); Matas de Minas com quatro cafés (13,33%); Sul de Minas com dois lotes (6,67%); e Chapada de Minas e Denominação de Origem do Cerrado Mineiro, com uma amostra cada (3,33%).