O Indicador CEPEA/ESALQ aponta uma baixa no mês de agosto para as cotações domésticas do café arábica. Segundo a pesquisa, o tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve média de R$ 408,74/saca de 60 kg, 3,5% inferior à de julho. Frente a agosto/2018, a queda foi de 8,3% (valores deflacionados pelo IGP-DI de julho 2019).
A queda foi principalmente do café arábica, em que a média de contratos negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures) em agosto foi de 98,14 centavos de dólar por libra-peso, recuo acentuado de 8,4% em relação ao mês anterior.
Além da retração de agentes do mercado, devido aos baixos patamares de preços, grande parte dos produtores esteve concentrada na entrega dos futuros comercializados anteriormente, realizando poucos negócios no spot. Assim, o volume de café da safra 2019/2020, ainda disponível nas mãos de produtores, esteve elevado na maior parte das regiões brasileiras até o final de agosto.
Em lugares com pouco café negociado anteriormente, como Garça e Zona da Mata (SP), a quantidade de grãos disponíveis para comercialização era de até 80%. Apenas no Noroeste do Paraná, esse volume era inferior por conta de menor produção nesta safra e à maior necessidade de caixa de produtores.
Já em regiões como a Mogiana (SP), o Sul e o Cerrado Mineiros, o volume disponível da safra 2019/2020 ultrapassava pouco mais da metade, uma vez que parte desse café corresponde às entregas futuras já programadas, sendo que apenas uma pequena quantidade foi separada e negociada no spot.
A expectativa de agentes é de que mais café seja negociado nos próximos meses. Isso porque, além da finalização da maioria das entregas agendadas para setembro, muitos produtores devem retornar ao mercado para custear os primeiros tratos nas lavouras pré e pós floradas.
As informações são do Cepea.