Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam que após recordes nominais no final de fevereiro, os preços do café arábica atravessaram o mês de março e começam abril registrando fortes oscilações.
Ainda assim, a saca de 60 kg da espécie continua negociada acima dos R$ 700, patamar que vem sendo mantido desde 22 de fevereiro deste ano. Segundo os pesquisadores, diante da forte oscilação nos preços, a maior parte dos compradores e dos vendedores está afastada do mercado, o que mantém baixa a liquidez interna.
Vale lembrar que o menor percentual de café remanescente da safra 2020/2021 e a quebra da produção em 2021/2022 reforçam a retração de agentes.
Já na última segunda-feira (5), o mercado físico brasileiro de café registrou preços estáveis e lentidão. A moderada alta do arábica na Bolsa de Nova York foi compensada pela queda do dólar, o que manteve as bases inalteradas. O mercado esteve travado, calmo, com fraco interesse de parte a parte.
No Sul de Minas, o café arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 700/710 a saca, estável. No Cerrado Mineiro, o arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 705/715, sem mudanças.
Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 510/515, estável. O canéfora (conilon) tipo 7, em Vitória (ES), ficou em R$ 435/440 a saca, inalterado.
As informações são do Cepea e Agência Safras.