O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada Departamento de Economia, Administração e Sociologia (Cepea) aponta oscilação nos preços do café robusta no decorrer do mês de maio. No início do mês, os valores caíram, voltando aos patamares reais de novembro/2013 (foram deflacionados pelo IGP-DI abr/19), pressionados pela queda externa e pela maior presença de vendedores no spot, que retornaram ao mercado a fim de se capitalizarem para a colheita. No final de maio, por outro lado, as cotações subiram, por causa da recuperação externa, mas não o suficiente para que a média mensal ficasse superior à do mês anterior.
A média do Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, registrou queda de 3,1% quando comparado com abril, a R$ 279,44. Para o tipo 7/8 bica corrida, o valor foi de R$ 269,83/sc, baixa de 3,1% no mesmo comparativo. Ambas são, respectivamente, 21,3% e 22% inferiores às médias de maio do ano passado (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI abr/19).
No cenário externo, as cotações finalizaram maio em alta, influenciadas pela desvalorização do dólar e por preocupações quanto ao clima no Brasil e à saída de cafeicultores vietnamitas do setor. O contrato Julho/2019 do robusta, negociado na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), fechou a US$ 1.478/tonelada no dia 31 de maio, um avanço de 5% na comparação com o último dia útil de abril.
A colheita da nova safra (2019/2020) segue sem grandes problemas para o robusta. Segundo agentes consultados pelo Cepea, os trabalhos no Espírito Santo avançavam para os 35 a 50% do volume total até a última semana de maio. Já em Rondônia variaram conforme as regiões, sendo que as mais “atrasadas” estavam com cerca de 30 a 40% do volume colhido, enquanto nas outras esse percentual já atinge os 70 a 75%. Poucas chuvas foram registradas nas regiões de robusta, sendo que a qualidade dos primeiros lotes no mercado tem sido satisfatória, diferente do café arábica.
As informações são do Cepea.