Dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) destacam que as exportações brasileiras na temporada 2020/2021 atingiram um novo recorde. A soma foi de 45,59 milhões de sacas de 60 quilos (grão verde, torrado e solúvel entre jul/20 e jun/21, o maior volume de toda a série histórica iniciada em 1990, e 13,3% acima do embarcado na temporada 2019/2020). Até então, a maior quantidade embarcada pelo Brasil, de 41,4 milhões de sacas, havia sido registrada em 2018/2019.
Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) explicam que o recorde esteve atrelado especialmente à alta produção na safra 2020/2021 e ao dólar elevado frente ao Real, combinação que, além de estimular produtores a exportar, também eleva a competitividade do café brasileiro no mercado internacional.
No Brasil, os preços do arábica e canéfora avançaram nos últimos dias, impulsionados pelas valorizações externas de ambas as variedades, o que, por sua vez, ocorreu devido às perspectivas de menor produção em 2021/2022 e da chegada de uma frente fria significativa nas regiões cafeeiras no último fim de semana.
Para o arábica, a alta foi mais expressiva na sexta-feira (16), quando o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve ganho de 40,74 Reais/sc no dia, fechando a R$ 875,45/sc. O cenário mais positivo atraiu um bom número de vendedores ao mercado, permitindo o fechamento de negócios.
Na terça-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 902,64/sc, forte alta de 7,8% frente à terça anterior (13). Para o canéfora (robusta), o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 549,48/sc, avanço de 5,5% frente ao dia 13.
As informações são do Cepea.