De acordo com o relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) do mês de agosto de 2020, nos oito primeiros meses do ano, o Brasil exportou o equivalente a 4,4 milhões de sacas de 60 kg de cafés especiais, de qualidade superior ou certificado.
O volume físico correspondeu a 16,8% do total de café exportado pelo Brasil de janeiro a agosto deste ano e representou o segundo maior volume do mesmo período nas últimas cinco safras. A receita cambial obtida com as exportações dos cafés especiais foi de US$ 721,1 milhões, montante que correspondeu a 21,4% do total gerado com as exportações de todos os tipos dos Cafés do Brasil vendidos ao exterior no período analisado.
Vale ressaltar o fato de que o total dos Cafés do Brasil exportado no mesmo período deste ano, incluindo todos os tipos de cafés, foi de 26,4 milhões de sacas, volume físico que, à semelhança dos cafés especiais, também se destaca como sendo o segundo maior volume vendido aos importadores nesses oito meses, nos últimos cinco anos, com receita cambial obtida pelo País de US$ 3,4 bilhões.
Com relação à participação percentual nas exportações, por tipos de cafés (arábica, canéfora e solúvel) vendidos no período, verifica-se que o arábica representou 78,3% das exportações, com o equivalente a 20,6 milhões de sacas. Adicionalmente, o canéfora, com a venda ao exterior equivalente a 3 milhões de sacas, correspondeu a 11,6%, e o café solúvel, com exportação equivalente a 2,7 milhões de sacas de 60 kg, equivaleu a 10,1%.
Segundo o relatório, os principais dez destinos das exportações dos Cafés do Brasil, nos oito primeiros meses de 2020, são: os Estados Unidos, que importaram 4,9 milhões de sacas de café, as quais correspondem a 18,5% do total vendido no período; a Alemanha, com 4,5 milhões de sacas importadas (17%); Itália, com 2 milhões de sacas (7,6%); Bélgica, com aproximadamente 2 milhões de sacas (7,3%); e Japão, com 1,3 milhão de sacas (5,1%).
Na sequência vem a Turquia, com 863,9 mil sacas (3,3%); Federação Russa, com 849,5 mil sacas (3,2%); México, com 649,3 mil sacas (2,5%); a Espanha, com 634,7 mil sacas (2,4%); e o Canadá, com a importação de 562 mil sacas, volume físico que corresponde a 2,1% das exportações dos Cafés do Brasil no período em foco.
Neste contexto, merece ainda destaque o fato de a Federação Russa e o México terem apresentado aumento nas aquisições do café brasileiro nesse período de 20% e 19,3%, respectivamente. Também houve crescimentos menos expressivos nas exportações para Alemanha (+1%), Bélgica (+4,8%), Turquia (+7,2%) e Espanha (+5,3%).
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As informações são da Embrapa Café.