Promover o debate portuário e as adversidades do comércio marítimo global. Esse foi o intuito da participação do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) no evento “Desafios logísticos: soluções atuais para a exportação em contêineres”, promovido pela RMM Advocacia, no dia 25 de outubro, em Santos (SP).
Em mesa redonda, que contou com as contribuições do diretor de Negócios da Santos Port Authority, Bruno Stupello, e mediação do sócio da RMM, Rafael Ferreira, o diretor Técnico do Cecafé, Eduardo Heron, fez considerações a respeito dos entraves logísticos, que se intensificaram nos últimos anos, e enalteceu o trabalho hercúleo realizado pelas empresas exportadoras brasileiras para permitir que o país siga honrando, de maneira profissional e “just in time”, seus compromissos com os parceiros internacionais.
Segundo ele, quando se compara o crescimento de 60% na produção de grãos do Brasil, nos últimos 10 anos, com o aumento de 50% na movimentação de contêineres no porto de Santos, nota-se uma assimetria entre a carga e o porto. Em relação ao café, por exemplo, as exportações saltaram de 23,1 milhões de sacas, em 2001, para 44,7 milhões em 2020, incremento de 91%, sendo o porto de Santos o principal embarcador do produto.
“Tais resultados, somados à aprovação para a entrada de embarcações de 366 metros no canal santista, demonstram que o porto de Santos possui grandes desafios no que se refere a modernização, eficiência e manutenção adequada do calado para o recebimento dos grandes navios, visando ampliar sua capacidade na movimentação de carga, evitar gargalos logísticos, que onerem os embarques, e ao atendimento do desempenho exemplar dos exportadores para honrar os compromissos internacionais do Brasil”, comenta Heron.
No evento, também foram apresentados números e análises sobre o impacto da pandemia da Covid-19 nos embarques, realizados debates sobre a “ginástica logística” posta em prática pelos exportadores diante dos desafios existentes, além de contribuições a respeito do plano de desestatização do porto de Santos e do impacto econômico ao empresário e ao consumidor final.
As informações são do Cecafé.