Seguindo o relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), analisado pela Embrapa Café, nos cinco primeiros meses de 2020 foram exportados 2,66 milhões de sacas de 60 kg de cafés especiais (aqueles com qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis).
O volume físico, de janeiro a maio, atingiu aproximadamente 16,57 milhões de sacas, com receita cambial de US$ 2,2 bilhões ao preço médio de US$ 133,06 a saca de 60 kg. Desse volume, os cafés verdes arábica tiveram 13,43 milhões de sacas exportadas e corresponderam a 81%. Já os canéforas, com 1,49 milhão de sacas, ficaram em torno de 8,9%. Com relação aos cafés industrializados, o solúvel foi equivalente a 9,8%, com 1,63 milhão de sacas, enquanto que os cafés torrados e moídos corresponderam a menos de 1% do volume total, com a exportação de 8,34 mil sacas.
Neste mesmo contexto, especificamente em relação ao desempenho das exportações de café no mês de maio deste ano, o volume físico total vendido aos países importadores, equivalente a sacas de 60 kg para todos os tipos de cafés descritos (verde, solúvel e torrado & moído), foi de 2,97 milhões de sacas. A receita cambial gerada nesse mês com essas exportações foi de US$ 370,7 milhões, com preço médio de US$ 124,44, montante que representou uma saca alta de 5,2% em relação a maio de 2019.
Com relação ainda ao desempenho das exportações do setor cafeeiro, somente no mês de maio de 2020, o canéfora (robusta) apresentou crescimento nas suas vendas de 4,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, com 484,1 mil sacas vendidas, volume que corresponde a 16,3% da participação das exportações por variedade. Quanto ao café arábica, tais vendas representaram 73,8% do volume total de café exportado nesse mês, com 2,2 milhões de sacas vendidas aos importadores, número que representou uma expressiva queda de 27,3% em comparação com o desempenho do mesmo mês de 2019. As vendas do café solúvel representaram 9,9% das exportações, com o equivalente a 296,1 mil sacas de 60kg.
Dessa forma, merecem destaque as exportações dos cafés especiais, pois representaram 16,1% do total do volume físico exportado no período e, além disso, geraram uma receita cambial de US$ 455,4 milhões, a qual correspondeu a 20,7% do total gerado com os valores dessas vendas do período analisado. O preço médio da saca de café especial atingiu, nesse mesmo período, o equivalente a US$ 171,04. Outro ponto que também merece realce é que os dez maiores países importadores dos cafés diferenciados adquiriram em torno de 78,7% dessas exportações brasileiras, no período de janeiro a maio deste ano.
Dessa forma, de acordo com o ranking dos dez países importadores de cafés especiais, conforme o Relatório mensal - maio 2020, vêm em primeiro lugar os EUA, que continuam sendo o país que mais importa esse tipo de café do Brasil, com a aquisição de 498,5 mil sacas de 60 kg nos primeiros cinco meses deste ano, volume equivalente a 18,7% das exportações desse café com maior valor agregado. Vale lembrar que os EUA são os maiores consumidores de café em nível mundial.
Em segundo lugar destaca-se a Alemanha, com 359,9 mil sacas importadas (13,5%), e, em terceiro, a Bélgica, com 324,6 mil sacas (12,2%). Dando continuidade a este ranking, em ordem decrescente, vêm os seguintes países: Japão, com 261,8 mil (9,8%); Itália, com 201,8 mil (7,6%); Reino Unido, com 111,6 mil (4,2%); Espanha, com 109,2 mil sacas (4,1%); Suécia, com 80,6 mil sacas (3,0%); Canadá, com 76 mil sacas (2,9%); e, na décima posição, a Coréia do Sul, que importou o equivalente a 70,9 mil sacas de cafés diferenciados, o que corresponde a 2,7%.
O relatório completo está disponível no site.
As informações são da Embrapa Café.