Da redação

Algumas modernizações no consumo de café tem trazido vantagens para quem produz em pequena escala. De acordo com o Relatório Internacional de Tendências do Café do mês de março, produzido pela equipe do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), o nicho de cafés especiais é uma dessas oportunidades. “Com o aumento do interesse dos consumidores por cafés de origem única e de alta qualidade, os cafés africanos, que já eram bem reputados, atraem ainda mais a atenção dos compradores, o que se traduz em maiores preços para os produtores”, pontua.

Ao citar países produtores da África, como Uganda , Quênia e Etiópia, o Bureau lembra inciativa públicas e privadas que buscam o incentivo aos pequenos produtores. O Relatório cita, ainda, matéria publicada pelo The Wall Street Journal em que o jornal analisa o crescimento da produção de cafés especiais na África. Segundo a pesquisa, os produtores de países como Ruanda, Sudão do Sul, República Democrática do Congo e Zâmbia tem se beneficiado do aumento do consumo de cafés especiais nos EUA e na Europa. Dados da Associação Africana de Cafés Finos mostram que 30% da produção africana foi de grãos especiais na última safra, o que representa um grande salto em relação aos 15% de apenas três anos atrás. Apesar da baixa participação no mercado mundial, os cafés africanos são muito apreciados por sua qualidade.

Confira o Relatório completo do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, que fala, ainda, das novas tecnologias aplicadas em serviços do campo, o mercado de café e a indústria.