O Consórcio Cerrado das Águas, plataforma colaborativa para resiliência às mudanças climáticas na agricultura, celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente com a divulgação de seus avanços no último ano.
Os dados mostram o impacto positivo gerado entre a parceria de empresas do setor cafeeiro (Nestlé, Nespresso, Lavazza, Cooxupé, Expocaccer, Cofco, Volcafe, Stockler e Daterra), cafeicultores, poder público e sociedade civil para a implantação de estratégias de agricultura climaticamente inteligente, com objetivo principal de tornar a cafeicultura resiliente às mudanças climáticas.
Por meio do Programa de Investimento no Produtor Consciente (PIPC), o Consórcio Cerrado das Águas implanta sua metodologia de forma personalizada para as propriedades rurais, alinhada à capacidade de execução dos produtores. Com as estratégias traçadas desde 2019 no projeto-piloto na bacia do Córrego Feio, em Patrocínio, e desde 2021 na bacia do Ribeirão Grande, em Serra do Salitre, somando 77 propriedades rurais, a plataforma alcançou 477 hectares de vegetação nativa e de água produtiva.
Anteriormente ao início do programa, o impacto da agricultura ao meio ambiente representava 25,65% e, hoje, frente às novas práticas, está em 9,44%, demonstrando o aumento da preservação ambiental, mas também a preocupação dos produtores na adoção de práticas que garantam a produção e o cuidado com os recursos naturais, com foco em sua perenidade.
“Para que os produtores se tornem mais resilientes às mudanças climáticas, nós propomos estratégias para combater os riscos identificados durante o diagnóstico. Então, a equipe vai a campo e percebe, por exemplo, se a propriedade de determinado produtor está com solo muito compactado e nós, então, propomos estratégias para melhorar essa condição e perguntamos se ele aceita essas estratégias e, se sim, iniciamos de acordo com o produtor”, afirma Fabiane Sebaio, secretária executiva do Consórcio Cerrado das Águas.
Para a produtora Vera Pazotto, da Serra do Salitre, município que recebeu a expansão da metodologia do Consórcio em 2021, as estratégias trazem um novo significado para a cafeicultura, tornando-se mais um aliado na conservação e preservação dos recursos necessários para a produção de forma consciente.
“O Consórcio fornece variedades de mudas de árvores com o objetivo de crescerem, sombrearem e protegerem o solo. Sempre tive e tenho muita preocupação, cuidado e respeito pelo meio ambiente. Sou muito grata pela oportunidade de atuar na cafeicultura, protegendo, recuperando e preservando os recursos disponíveis. Espero que a proposta estabelecida atinja seu objetivo para que a agricultura em geral recupere nascentes, solos, clima, fauna e flora, e quero contribuir para isso, implantando as estratégias”, avalia a cafeicultora.
Resultados
Em 2021 foram 43 hectares de área de vegetação nativa plantada em APPs e áreas de conservação, mediante as estratégias traçadas com cada produtor integrante da plataforma e o plantio de 48 mil mudas nas áreas de restauração da vegetação nativa.
Com 396 hectares de área de produção manejada com estratégias de agricultura climaticamente inteligentes, o Consórcio contabilizou o sequestro de 367.334 toneladas de carbono, contribuindo para o impacto positivo e potencializando os resultados de suas estratégias.
“Para 2023, as metas são aumentar para 30 mil os hectares com estratégias climaticamente inteligente e plantar 200 mil mudas nas áreas correspondentes às 184 propriedades que a plataforma deseja atuar, tanto nos municípios que já recebem sua metodologia, quanto para os demais que já existem em seu plano de ação, conclui Fabiane.
Sobre o Consórcio Cerrado das Águas
Tem como objetivo conscientizar produtores da região sobre a importância de seus ativos ambientais, por meio do diagnóstico e investimento nos mesmos, garantindo sua preservação a longo prazo.
A iniciativa possui como membros associados as seguintes empresas: Nescafé, Expocaccer, Nespresso, Lavazza, Cooxupé, CofCo, Volcafé, Stockler, além das instituições apoiadoras como Federação dos Cafeicultores do Cerrado, CerVivo, Daterra, Imaflora e Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB).
Em 2019, o projeto piloto recebeu do Fundo de Parcerias para Ecossistemas Críticos (CEPF) o valor de US$ 400 mil para implementar o programa, que irá promover, inicialmente, o investimento e a proteção dos ecossistemas naturais encontrados em mais de 100 propriedades ao longo da bacia do Córrego Feio. A quantia é o maior subsídio já concedido pelo CEPF, que conta com exigentes doadores como a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), União Europeia, Fundo Mundial para o Ambiente (GEF), Governo do Japão e Banco Mundial.
Mais informações: https://cerradodasaguas.org.br
As informações são da Assessoria de Imprensa CCA.