Cafeicultores e lideranças se reúnem para discutir impactos da geada nas lavouras de MG

Na última sexta-feira (23), autoridades políticas da Frente Parlamentar do Café e cafeicultores do sudeste se reuniram em Alfenas (MG) para debater sobre os prejuízos nas lavouras causados pela geada da madrugada de terça-feira (20). O deputado Emidinho Madeira, que preside a Frente Parlamentar do Café na Câmara Federal, acionou as autoridades estaduais e federais para discutir o assunto.

O encontro contou com a presença da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina; a secretária estadual da Agricultura, Ana Valentini; o presidente da Emater, Otávio Maia; o deputado federal, Evair Melo; o vice-presidente do Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG), Ricardo Schneider; a diretora executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Vanusia Nogueira; o presidente da Cocatrel, Marco Valério Araújo Brito; o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro; além de prefeitos, vereadores, cafeicultores e outros representantes do setor.

Sobre o impacto negativo, Ana Valentini comentou que a perda é muito grande para diversos setores da agricultura de Minas Gerais. “Primeira coisa que precisamos é de um laudo bem feito e verdadeiro do que estamos enfrentando. As perdas são diferentes para cada tipo de produtor. Um vai perder muito, outro vai perder menos e outro vai perder tudo. Precisamos ter laudos honestos para que a gente possa realmente ajudar aquele que mais precisa. Precisamos de união”, disse.

“Nós vamos juntar esforços. A Emater vai pedir reforço de outras regiões que não foram afetadas para que a gente possa fazer laudos que deem segurança para todos envolvidos no processo”, declarou a secretária, que também pediu apoio da Embrapa.

Já Tereza Cristina, que também é produtora rural, demonstrou seu apoio aos cafeicultores. “Eu falei com vários deputados de Minas Gerais e senti a preocupação com a geada que vocês passam, principalmente no sul, sudeste e no cerrado. Vocês não estão sozinhos. Nós viemos aqui para ver, ouvir e acharmos soluções em conjunto”, afirmou.

“Vimos uma amostra pequena do que foi a geada. Vimos um cafezal praticamente dizimado. Temos que fazer um levantamento muito bem feito, sentarmos à mesa e acharmos uma solução. Não será uma solução única para todos, até porque foi uma geada diferente, pegou diferentes pontos de maneiras distintas, então não dá para fazer uma coisa única para todos, mas precisamos achar a solução”, comentou a Ministra, destacando que o ministério irá “olhar com olhos acurados o que pode ser feito por todos”.

A diretoria da Coopercam também esteve presente no encontro. De acordo com o presidente José Márcio Rocha, a reunião foi importante para entender quais serão os caminhos a serem seguidos a partir deste momento “A cooperativa é formada por 80% de pequenos produtores, então a situação exige cuidados. Uma lavoura pode levar de três a cinco anos, dependendo do grau da geada, para se recuperar. Portanto, não mediremos esforços para auxiliar os cooperados neste período difícil. Iremos às lavouras atingidas, que fazem parte da área de atuação da Coopercam e faremos laudos técnicos, que mostrem a veracidade do problema”, disse.