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Cafeicultores de montanha estão sofrendo por falta de tecnologia

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 31/10/2012

2 MIN DE LEITURA

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Além das preocupações com o preço das sacas, os cafeicultores brasileiros também temem a falta de tecnologia para a colheita. A maior parte da produção brasileira ainda está baseada na cafeicultura de montanha. Nesses terrenos, as plantas criam raízes mais fortes e profundas para se sustentar, por isso absorvem mais nutrientes e desenvolvem frutos melhores, mas há pouca tecnologia para realizar a colheita. "A cafeicultura de montanha tem um custo bem maior porque ainda não temos o equipamento adequado", diz Vanúsia Nogueira, da Associação Brasileira de Cafés Especiais - BSCA. "Os produtores estão sofrendo por falta de tecnologia".



A única máquina desenvolvida para esse tipo de cultivo é brasileira e se parece com mãos que derrubam os frutos de café do pé e substituem a força de trabalho de dez homens. Ainda assim, a tecnologia é insuficiente. "Ainda precisa muito do ser humano", diz Alcântara. "No cerrado, uma colhedeira mecânica colhe de 30 a 50 hectares com apenas um homem, é uma velocidade estupenda".

O cultivo de montanha é comum em outros países, mas até hoje em nenhum país foi desenvolvida a tecnologia necessária para esse tipo de colheita. Na Colômbia e no Vietnã, por exemplo, o café também é de montanha, mas a mão de obra barata e as intervenções estatais tornam a colheita manual ainda muito rentável.

Distribuição de renda na cafeicultura de montanha

"O café é um grande empregador. No ano passado, as exportações do grão equivaleram a 8 bilhões de dólares, mas os custos de sua produção estão cada vez mais caros por uma série de fatores, como aumento da inflação entre outros impactos que o encarecem principalmente durante a colheita (fundamentalmente em regiões serranas). A solução para o produtor é mecanizar", afirmou Carlos Paulino da Costa, presidente da Cooxupé, durante o Global Agribusiness Forum, realizado em setembro.

Êxodo Rural

Para Paulino, um dos grandes desafios e necessidades para o pequeno produtor será de fato o avanço rápido na mecanização, deixando o campo mais interessante para o produtor e evitando o êxodo para as grandes cidades. "Ao investirmos em mão de obra qualificada e processos vantajosos e eficientes na lavoura, a migração para as cidades tende a diminuir, trazendo mais competitividade para o meio rural".

No Brasil, o cultivo é cinco vezes mais caro do que a cafeicultura de cerrado. "A colheita mecânica custa 20% da colheita manual", afirma Alcântara, do MAPA. Segundo o Sincal - Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite, 72% do parque cafeeiro nacional se encontra em regiões serranas.

Soluções para o Café de Montanha

O cenário urgente de déficit tecnológico na montanha levou o CNC - Conselho Nacional do Café a levantar o tema na semana passada e colocá-lo em debate. Representantes do setor sugeriram para a pauta da reunião do CDPC / MAPA a criação de um concurso que foque o desenvolvimento de máquinas para a colheita do café nessas áreas com maior declividade, proposta que está em estudo para aperfeiçoamento, mas que antecipamos visa trabalhar com alunos das faculdades de mecatrônica de todo o Brasil, oferecendo um prêmio, ainda a ser definido, para o vencedor.

As informações são do IG Agronegócios e do CNC, adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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EDWIN JIMENEZ

INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 05/11/2013

O assunto é investir nas melhores tecnologias para aumentar a produtividade pelo hectare, como?, por exemplo, os produtores estão jogando ás lavouras altas quantidades de fertilizantes e grandes pulverizações nos foliares e o assunto é que já não passam mais no aumento da absorção destes elementos, tanto no solo como nas folhas.  No solo estão fazendo grandes aplicações de calcários, pensando que vão aumentar a adsorção dos nutrientes, e os calcários tem sua limitação, daí não passam, mais bem podem causar muito dano ao solo e prejudicar a adsorção dos elementos nutricionais. Nos foliares, todas as formulações bem os quelatantes como o EDTA e outros, donde a adsorção é muito pobre, o estão usando-se folhares com fito Hormonais e si ás plantas não tem um bom equilíbrio na nutrição, as fito Hormonais causam problemas nas plantas de café.



Por isso, os produtores de café devem usar produtos formulados com Carbono 12, onde os nutrientes bem na forma molecular, pronto para ser usados pelas plantas e o uso do Ergo Set no solo, como substituto dos calcários, donde o Carbono faz que os fertilizantes sejam aproveitados totalmente pelas plantas.



O seja, tem que antes de investir, pensar em investir na melhor tecnologia que se encontra no mundo para incrementar a produtividade, evitar a Bianualidade no cafeeiro e ao final, o investimento vai ser convertido em alta rentabilidade.



Saudações.



EDWIN JIMENEZ



edwin4064@gmail.com
FRANCISCO SÉRGIO LANGE

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO

EM 12/11/2012

Sugiro a todos a leitura do artigo postado recentemente por Carlos Brando: "Esforços coletivos: a sustentabilidade e os pequenos produtores.
MARCOS AURELIO RICCETTO

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 11/11/2012

A agricultura de montanha enfrenta todos estes problemas. Existem avancos e desenvolvimento de equipamentos que facilitam a vida no campo em relacão ao passado, mas nada que de seguranca ao agricultor com relacão a falta de mão-de-obra de hoje principalmente do futuro, já que o exodo rural parece irreversível. Mesmo com estes avancos a relacão custo na agicultura de montanha em comparacão com outras regiões do país é gritante. Cabe a nós pequenos agricultores  a busca infinda por diferenciais que agreguem valores  aos nossos  produtos, a busca por novas filosofias, conceitos e praticas, além da união da classe em associacões e cooperativas para que nossas reinvindicacões  sejam ouvidas e principalmente debatidas, já que existem pontos de vista diferentes em um país democratico.
ALISSON BUENO ROSSI

MUZAMBINHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 09/11/2012

Na minha região, as derriçadeiras manuais surgiram como salvação da lavoura. Realmente ela reduziu bastante a necessidade de mão de obra mas o custo continua alto pois os operadores não contentam em ganhar R$ 200,00 querem 300 e daí por diante fazendo o custo da saca se manter alto. Investir em certificações agrega bastante valor a nossa atividade pois nos tornamos mais eficientes, melhoramos a qualidade de vida de nossos trabalhadores assim como a qualidade do cafe que produzimos é realmente dignificante. Daí eu pergunto: De que adianta todo esse esforço se o mercado faz de nós gato e sapato? Quando investimos em qualidade eles inundam o mercado de porcaria e ficamos a ver navio. Será que não esta na hora de mudar o foco de nossos esforços? Se somos os maiores produtores do mundo, se o café de montanha é responsável por 70% da produção brasileira, porque não pensar na verticalização da produção nacional, exigir que 80% da produção brasileira seja exportado torrado e moído. A industria nacional se fortaleceria os cafeicultores se tornariam realmente sustentaveis e todos sairiam ganhando. Por que será que não vejo nenhuma iniciativa nesse sentido? Será uma utopia? Alguém sabe porque temos que continuar debaixo do balaio? ........ Café a 350 é duro ehim!!!
FRANCISCO SÉRGIO LANGE

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO

EM 06/11/2012

Caro Ari, acredito que conheço um pouco desta realidade. Há mais de 25 anos que participo do Sindicato Rural de Divinolandia, e a mais de 06 que sou presidente. Divinolandia tem atualmente mais de 500 pequenas propriedades localizadas em região de montanha, em regime de agricultura familiar. Caso isto não seja suficiente, sou também presidente da APROD - Associação dos Cafeicultores de Montanha de Divinolandia/SP, associação esta fundada em 2005, e atualmente com 55 associados, portanto, reside aqui um grande problema, qual seja, a falta de participação, a grande maioria gosta de esperar para ver se o projeto vai dar certo. Um pouco mais, tenho atualmente 12 ha de café de montanha, certificado fairtrade, café de altissima qualidade, natural com nota 87 pontos SCAA do concurso agora de setembro ultimo. Importante,  só tenho conseguido produzir qualidade depois que fundamos a associação, pois através dela temos acesso ao conhecimento, treinamento e disciplina. Mais um pouco, sou também o gerente executivo do projeto de construção de uma unidade de selecionamento de grãos café cru, armazem este que estamos iniciando a construção , em parceria com o governo do Estado de São Paulo/Microbacias II, com o objetivo de acessarmos o mercado de forma direta.   Tenho me empenhado muito em busca do reconhecimento de minha região, através do nosso projeto de indicação geográfica modalidade denominação de origem, projeto este onde tenho me dedicado de corpo e alma, tanto la na Federação da Agrigultura e Pecuaria de SP, onde sou membro da mesa diretora do café, como também la na Camara Setorial de Café do Estado de São Paulo onde defendo com todas as minhas energias o pequeno produtor, especialmente o de montanha e de agricultura familiar. Dificilmente expresso-me através destas funções, prefiro ser simplesmente um cafeicultor de montanha aqui de Divinolandia, e pode ter certeza, os teus problemas são os meus. Portanto, creio com isso  ter respondido seu questionamento. Agora, nada disso tem valor para mim se não fosse o fato de eu realmente acreditar naquilo que faço, gosto de ser cafeicultor, mas a cada dia percebo que  fica mais dificil para nós, pequenos, aceitarmos as mudanças que nos vem sendo impostas, dai a necessidade de entendermos qual é o verdadeiro motivo que nos leva a continuarmos praticando esta atividade. Caro Ari, atualmente não existe espaço para um único indivíduo, ha necessidade de estarmos organizados, assim, convido-lhe para juntos brigarmos em prol da cafeicultura de montanha brasileira.
ARI DE OLIVEIRA FILHO

MANHUMIRIM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 06/11/2012

Sr. Francisco Sergio Lange, por favor ,seja mais claro, pois só assim saberemos se o Sr. realmente conhece a realidade do Café das montanhas.
FRANCISCO SÉRGIO LANGE

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO

EM 03/11/2012

O problema da cafeicultura de montanha NÃO está na montanha, está na cabeça dos seus cafeicultores. Se as mudanças socioculturais, ambientais e comerciais propostas atualmente não forem aceitas por eles, em nada adiantará o desenvolvimento de máquinas.
JOSÉ ADAUTO DE ALMEIDA

MARUMBI - PARANÁ - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 01/11/2012

Até que enfim começaram a abrir os olhos para o "café da montanha". É necessário urgência que os Institutos de  Pesquisa  (e outros que são  beneficiados direta e indiretamente) vejam que o cafeicultor da montanha está agonizando há muito tempo.
ARI DE OLIVEIRA FILHO

MANHUMIRIM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/11/2012

Boa matéria e bem realista. Tendo em vista que o grande problema é a colheita, acredito muito no terraceamento com colhedeira lateral acoplada ao trator. Falta é interesse por parte dos fabricantes de máquinas.

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