Os produtores de café em Karnataka, na Índia, registraram perdas de quase 7 bilhões de Rupia Indiana (cerca de US$ 91,85 milhões), já que o bloqueio para combater a covid-19, a partir de 25 de março, interrompeu a última fase da colheita de canéfora (robusta) nas regiões de cultivo dos distritos de Kodagu, Chikkamagaluru e Hassan.
A perda das exportações é estimada em 2,5 bilhões de Rupia Indiana (US$ 32,80 milhões), já que os exportadores não puderam transferir seus produtos para os portos devido à falta de logística. Uma grande quantidade de grãos de café também ficou presa nas plantações e não podia ser movida.
“A indústria do café já estava em grave sofrimento e crise financeira devido às fortes chuvas, inundações e deslizamentos de terra nas safras 2018/2019 e 2019/2020. Com isso, a produção caiu mais de 35% em 2018/2019 e 50% em 2019/2020. Este ano, o bloqueio imposto para combater a covid-19 aumentou os problemas dos cafeicultores, pois eles não podiam concluir a colheita em muitas propriedades”, afirmou Shirish Vijayendra, presidente da Associação de Plantadores de Karnataka (KPA). Segundo ele, o prejuízo foi de cerca de 4,41 bilhões de Rupia Indiana (US$ 57,86 milhões) com queda na colheita do arábica e canéfora e baixa de estoque.
A KPA abordou o Ministério das Finanças com uma demanda por extensão da moratória do pagamento de empréstimos por um ano e empréstimos a prazo especiais a taxas de juros subsidiadas para financiar as operações do próximo ano.
“Os produtores precisam sobreviver antes de iniciar as operações no próximo ano. Precisamos de um pacote para a sobrevivência a longo prazo e capital de giro. Estimamos as perdas conforme sugerido pela Junta do Café”, afirmou Vijayendra.
Em sua carta ao ministro das Finanças, Nirmala Sitharaman, a KPA solicitou ao governo a reestruturação dos juros principais e não pagos dos empréstimos de curto prazo e agrícolas, consolidando-os em uma única conta de empréstimo e fornecendo parcelas anuais fáceis, como no SCTL Package anunciado em abril de 2002 com taxas de juros concessionais.
As informações são do https://www.deccanherald.com / Tradução Juliana Santin