Cafeicultores da Colômbia têm enfrentado fortes chuvas durante a colheita. A Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC) aponta, ainda, a preocupação em manter a renda e evitar casos de Covid-19.
O país, produtor de arábica, atingiu uma produção de 13,9 milhões de sacas de 60 kg de café no ano passado, queda de 6% na comparação anual. “Teremos que conviver com o desafio da Covid-19 e continuar com nossa campanha de prevenção, apoiando os planos de vacinação, esse é o enorme desafio que teremos”, afirmou o presidente da FNC, Roberto Velez, em entrevista coletiva virtual.
Até o momento, a Colômbia aplicou 1,38 milhão de doses de vacinas contra Covid-19, tendo registrado 2,35 milhões de casos e mais de 62 mil mortes em decorrência da doença. “O segundo desafio tem a ver com as quantidades produzidas, já que tivemos um clima que não é favorável à produção de café”, afirmou Roberto Velez, referindo-se às fortes chuvas vistas nas últimas semanas.
Segundo ele, garantir o lucro para os cafeicultores também é um desafio. O preço do café arábica em Nova York tem operado em cerca de 1,30 dólar por libra-peso neste ano, em meio à desvalorização do peso colombiano, enquanto o prêmio pela qualidade gira em torno de 45 a 50 centavos de dólar por libra-peso.
Ele acrescenta que uma proposta de reforma tributária que deve ser enviada ao Congresso colombiano no mês que vem seria preocupante no caso de um aumento nas tarifas sobre fertilizantes.
A FNC projeta que os cafeicultores colham cerca de 6 milhões de sacas no primeiro semestre deste ano e 14 milhões durante todo o ano de 2021.
As informações são da Reuters.