O produtor Edésio Urbano da Silva, da Fazenda Serra Negra, em Alterosa (MG), é integrante do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte há dois anos. Nesse período, conquistou feitos surpreendentes, como conseguir a produtividade de 117 sacos por hectare na safra deste ano. Nos dois hectares de café que ele mantém, a produção foi de 234 sacos, um resultado extraordinário segundo o técnico que o atende, Eugênio Andrade Souza. O programa é realizado no município pela parceria entre o Sistema FAEMG e Sindicato dos Produtores Rurais.
Edésio é um produtor que acredita na assistência técnica e segue todas as indicações que o técnico do programa prescreve. “O Edésio cuida muito bem da lavoura. Acredita no ATeG e no técnico. Com os cuidados que mantém, nesses dois anos de programa, ele conseguiu uma produção de 234 sacos na safra de 2022. Na média do biênio, atingiu 58,5 sacos por hectare, o que é surpreendente”, disse Eugênio.
O produtor destaca que esperava resultados positivos com o programa, mas não tanto como conquistou, mesmo porque a geada de 2021 “sapecou” cerca de 30% de sua área, e ele, como outros produtores, também sofreu com o período de seca prolongada dos últimos anos. Mas, o produtor destaca que, quando as chuvas chegaram na sua região, foram abundantes para a recuperação do cafezal e foi na medida certa para garantir a produção.
Mudanças
Quando o técnico fez o diagnóstico da lavoura, no início da assistência técnica, ele observou pela análise de solo que a área do café tinha excesso de potássio. Foi necessário ajustar a adubação e com a aplicação correta de adubos, o produtor economizou 30%. Eugênio destaca que o excesso de potássio no solo prejudica a absorção de outros nutrientes essenciais para a planta e pode acarretar perda na produtividade. Por isso, a importância da adubação equilibrada.
Juntamente com esse manejo, eles adotaram para a lavoura o sistema da safra zero. “Eu entendo que para a lavoura produzir bem, ela precisa de galhos novos”. Nesse sistema, a lavoura passa por um esqueletamento, que é uma poda dos galhos, logo após a colheita. Assim, a produtividade é alta em um ano e zero no outro, seguindo o período sazonal da cultura. Segundo Eugênio, com esses dois procedimentos foi possível conseguir boa produtividade na safra 2022. Eles ainda aplicaram na lavoura, como adubação foliar, uma calda com melado mais nutrientes. Os resultados foram surpreendentes e a produção vai superar a média estadual.
O produtor
Sobre o ATeG, Edésio destaca que antes não tinha uma assistência técnica regular. “O Eugênio vem todo mês, no dia certo. Analisa tudo. Todo tipo de praga, análise de solo. Sigo todo os procedimentos que ele me indica”. O produtor destaca que o programa o ajuda muito e espera conseguir os mesmos índices de produtividade nos próximos dois anos, que ainda tem de assistência pelo ATeG.
Mesmo destacando que a sua área é excelente para a cafeicultura, o produtor trabalhou com outras culturas antes de apostar no café em 1998. Ele investia no milho e na pecuária e continua trabalhando com esse segmento, mas separou dois hectares para o café. Na atividade ele conta com o apoio da esposa Claudete. Para ele o sucesso do ATeG é tanto que indica o programa para todos os produtores.
As informações são da Assessoria de comunicação do Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos – Regional Passos (Por Denise Bueno).