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Café em alta histórica: novembro marca recordes no mercado

POR EQUIPE CAFÉPOINT

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Novembro entrou para história dos negócios de café no Brasil e no mundo. As cotações dos contratos de café na ICE Futures US e na ICE Europe subiram fortemente em todas as semanas de novembro e atingiram valores só alcançados após a grande geada de 1975 no Brasil, a maior do século 20.

As comparações com o último recorde nas cotações servem apenas como registro, pois comparam-se cotações de 1977 com as atuais. Foram 47 anos em que tudo mudou radicalmente na economia mundial, no café, no clima, no valor do dólar, nas comunicações e na gestão das empresas com a informatização.

A intensa mudança de posição de operadores e especuladores nas bolsas de Nova Iorque e Londres, em movimentos de reposicionamento, de “stop loss”, contribuem com as altas explosivas e históricas. Desde as altas pós-geada de 1975, não se assiste a movimentos tão rápidos e fortes no mercado de café como os presenciados nas últimas semanas.

Os fundamentos permanecem os mesmos: problemas climáticos, estoques de segurança baixos e quebra significativa de volume na próxima safra brasileira de café A aproximação do inverno no hemisfério norte, quando o consumo de café cresce significativamente, e a resistência dos cafeicultores brasileiros em vender café nestes meses finais de 2024 (há estimativas de que apenas 20 % da atual safra brasileira 2024 ainda esteja em mãos de produtores), contribuem com a alta forte nas bolsas de café e no mercado físico brasileiro.

Para complicando o cenário, a decepção com as novas medidas fiscais apresentadas pelo Governo Federal na quarta (27) desvalorizou ainda mais o real frente ao dólar. 

Câmbio

O dólar alcançou um novo recorde pós-Plano Real, fechando na sexta (29) a R$ 6,0020 (+3,23% na semana). A desvalorização do real impacta diretamente os custos e margens do mercado interno de café.

Mercado físico no Brasil

Vendedores subiram os pedidos ao longo da semana, com arábica de boa qualidade cotado a partir de R$ 2.100,00 por saca.

Contratos de dezembro na ICE fecharam a R$ 2.525,14 por saca, contra R$ 2.323,38 na semana passada.

Exportações

Até 29 de novembro, foram embarcadas 3.907.148 sacas, o que supera o volume de outubro (3.457.425 sacas).

Pedidos de emissão de certificados de origem para novembro somaram 4.686.864 sacas, contra 4.067.628 sacas em outubro.

Resumo da semana nas bolsas

Na ICE Futures US, o arábica oscilou 1.865 pontos na sexta (29), fechando em queda de 500 pontos após atingir a máxima de US$ 3,3545. No robusta, a ICE Europe registrou alta de 424 dólares na semana, com a tonelada fechando a US$ 5.409.

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