A última segunda-feira de fevereiro (22) registrou forte alta nos contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE). O contrato maio do café arábica fechou com alta de 5,8 centavos de dólar (+4,5%), a 1,3495 dólares, chegando ao mais alto patamar desde dezembro, a 1,3625 dólares. O arábica subiu 5% na semana passada.
Já o canéfora (robusta) para maio avançou 47 dólares (+3,4%), para 1.416 dólares a tonelada, depois de tocar o maior nível desde novembro durante a sessão.
No dia seguinte (23), os contratos futuros do café arábica negociados na ICE mantiveram sua série de ganhos, avançando pela sexta sessão consecutiva e atingindo o maior nível em mais de um ano.
O contrato maio do café arábica fechou em alta de 3,35 centavos de dólar (+2,5%), a 1,383 dólar por libra-peso. A espécie atingiu, durante a sessão, o mais alto patamar desde dezembro de 2019.
Operadores disseram que o café tem sido impulsionado por temores relacionados à próxima safra do Brasil e por expectativas de inflação global. Eles acrescentaram que preocupações com o transporte, diante de uma escassez na disponibilidade de contêineres em algumas origens, também são um fator de suporte.
“Reduzimos nossa estimativa para a safra 2021/2022 do Brasil para 56,2 milhões de sacas (das quais 36 milhões de sacas são de arábica), dada a continuidade do tempo mais seco que o normal no Brasil”, explicou o Rabobank em sua primeira projeção trimestral.
“Interrupções nas fronteiras e taxas astronômicas para o envio de contêineres ampliam o apetite das processadoras por um aumento nos estoques. As perspectivas para o café premium e para a demanda pós-Covid continuam fortes”, acrescentou.
As informações são da Reuters.