Quando o assunto são as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US), a semana passada foi de queda de 1,70%. Mesmo assim, o vencimento maio/2019 teve alta de 165 pontos, a 98,50 cents/lb, e o julho/2019 registrou 101,20 cents/lb, com avanço de 165 pontos. Já o contrato setembro/2019 registrou ganhos de 170 pontos, a 104,00 cents/lb, e o dezembro/2019 teve valorização de 170 pontos, a 107,85 cents/lb.
O mercado do arábica na ICE chegou a iniciar a sessão do dia 8 de março (sexta-feira) em baixa, estendendo as perdas dos últimos dias, com informações otimistas sobre a oferta e dados das condições climáticas no Brasil. No entanto, ajustes e o câmbio deram suporte aos preços.
"A força do real em relação ao dólar na sexta-feira provocou uma cobertura de posições vendidas no café arábica e elevou os preços", destacou a site internacional Barchart. A moeda brasileira mais valorizada ante o real tende a desencorajar as exportações das commodities.
O dólar comercial encerrou a sessão da última sexta com queda de 0,37%, cotado a R$ 3,8702 na venda, com operadores acompanhando a divulgação de dados fracos vindos dos Estados Unidos. Na véspera, a moeda atingiu máximas de 27 de dezembro.
Nos últimos dias, o mercado do arábica recuou, chegando a se aproximar das mínimas de mais de 10 anos. O Rabobank, um dos principais bancos especializados de commodities, anunciou durante a semana que a safra 2019/2020 de café do Brasil pode atingir 57,6 milhões de sacas. Os números chegam a ficar acima das projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A safra 2019/2020 está em desenvolvimento e chuvas foram registradas nos últimos dias. Ainda assim, segundo produtores, as perdas já estão consolidadas mesmo com o retorno das melhores condições climáticas para o desenvolvimento do grão.
As informações são do site Notícias Agrícolas.