Pesquisadores do Centro de Estudados Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacam que a colheita da safra 2021/2022 de café arábica se aproxima do fim no Brasil. Até a semana passada, os trabalhos de campo haviam alcançado entre 85 e 95% do total produzido no País.
Apesar do avanço das atividades, os preços da variedade voltaram a subir nas últimas semanas. Entre 30 de julho e 31 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, subiu 69,79 Reais por saca (ou 6,9%), fechando a R$ 1.1084,23/sc nessa terça-feira (31).
Segundo pesquisadores do Cepea, o avanço dos preços esteve atrelado especialmente à retração vendedora e à alta dos futuros externos, que, por sua vez, foram impulsionados por fatores técnicos, pela queda do dólar frente ao Real e por perspectivas de oferta limitada no Brasil nos curto e médio prazos. Além do volume abaixo do esperado em 2021/2022, os impactos da geada e da seca na próxima safra (2022/2023) seguem no radar dos agentes.
Para o canéfora (robusta), os preços subiram de forma ainda mais intensa. Entre 30 de julho e 31 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima avançou 110,45 Reais por saca (ou 19%), fechando a R$ 691,01/sc de 60 kg nessa terça (31). Mesmo assim, o cenário de incertezas climáticas ainda mantém muitos produtores afastados do mercado, com poucos volumes sendo negociados.
As informações são do Cepea.