Depois de cair nos últimos seis pregões com pressão do câmbio e fatores técnicos, o mercado externo do grão se acomodou tecnicamente. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), os contratos futuros do café arábica operaram com alta de mais de 50 pontos na tarde de hoje (16).
Por volta das 12h30, no horário de Brasília, o contrato de setembro/18 registrava alta de 65 pontos, cotado a 103,05 cents/lb. O de dezembro/18 anotava 106,70 cents/lb, com 70 pontos de avanço. O vencimento de março/19 apresentou crescimento de 75 pontos, valendo 110,00 cents/lb. Já o de maio obteve valorização de 70 pontos, a 112,35 cents/lb.
Após uma forte aversão ao risco com temores sobre a Rússia, as commodities tiveram alta generalizada nesta quinta, sendo o café uma delas. “A situação turca está afetando as moedas de países emergentes, com o real ficando mais fraco contra o dólar”, disse Jason Estrada, operador sênior da INTL FCStone, para a Reuters internacional.
Com as últimas quedas técnicas, operadores têm ignorado as informações sobre a safra brasileira. “Lavouras de arábica estavam começando a mostrar estresse devido à falta de chuva nos últimos meses”, disse Jack Scoville, analista e vice-presidente da Price Futures Group. “Algumas chuvas foram relatadas há uma semana, mas desde então não chove, fazendo com que haja preocupações em relação à florada precoce”, explicou em relatório.
Hoje, segundo levantamento, a consultoria Safras & Mercado divulgou que até terça passada (14) a colheita brasileira de café da safra 2018/2019 atingiu 88%. O avanço foi de pouco mais de cinco pontos percentuais de uma semana para a outra.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro estava sendo negociado a R$ 430 a saca de 60 kg, no Espírito Santo do Pinhal (SP). Em Guaxupé (MG), os preços estavam cotados a R$ 427 a saca. Já em Poços de Caldas (MG), estavam em R$ 419 a saca.
As informações são do portal Notícias Agrícolas.