A última semana foi de ganhos acumulados de mais de 15% no futuro do café arábica. Isso ocorreu por conta do quadro técnico altista e pela expectativa de oferta mundial inferior à demanda em 2020. Contudo, analistas indicam que a rápida valorização pode trazer uma correção nos preços.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento Março/2020 encerrou o pregão do dia 12 de dezembro a US$ 1,3725 por libra-peso, acumulando valorização semanal de 1.245 pontos. Na ICE Europe, o vencimento Março/2020 do café canéfora (robusta) avançou US$ 35 no período, fechando a sessão a US$ 1.447 por tonelada.
O dólar comercial se desvalorizou em 1,3% frente ao real na semana passada, pressionado pela mudança de perspectiva “neutra” para “positiva” na nota de crédito divulgada pela agência de classificação de risco S&P Global Ratings. Outro fator de pressão foi a notícia sobre um possível acordo entre EUA e China. No dia 12, a moeda fechou a R$ 4,0916.
No mercado físico, as cotações acompanharam o cenário internacional e avançaram. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a forte recuperação nos preços externos e internos dos cafés arábica e canéfora têm atraído agentes ao mercado e, com isso, elevado a liquidez doméstica.
Especificamente para o arábica, na primeira semana de dezembro, a comercialização da safra 2019/2020 já havia superado os 70% do volume total colhido entre as regiões acompanhadas pela instituição. Quanto ao canéfora (robusta), de 65% a 75% da safra atual haviam sido negociados no Espírito Santo. Em Rondônia, o volume é de 90% a 95%.
Em relação aos preços, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e canéfora (conilon) estavam em R$ 568,74 e R$ 316,29 por saca, respectivamente, apresentando valorizações de 6% e 0,2% na semana.
As informações são do Conselho Nacional do Café.