Da redação

A colheita de café chegou ao fim em algumas regiões produtoras do Brasil. No entanto, ainda é cedo para definir o volume final da safra 2017/2018 no país. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Gil Barabach, o que se constata é uma oferta de café menor do que a de 2016, com o produto mais miúdo.


                                   Foto: Alexia Santi/Agência Ophelia

O tamanho e a qualidade do grão foram afetados pela geada que ocorreu no primeiro semestre deste ano. Essas características interferem diretamente na bebida e determinam as valorizações e desvalorizações na hora da comercialização. Segundo o especialista, o volume final da safra só será conhecido quando o café for beneficiado, o que ainda pode demorar.  O que se sabe, por enquanto, é que o valor deve ser inferior aos 51,1 milhões de sacas projetadas no início de 2017.

• (+Segundo Herszkowicz, ainda é bastante cedo para falar da safra 2018/2019)

Quando se avalia o produto das regiões do Sul de Minas e parte do estado de São Paulo, o café arábica parece ser o mais prejudicado. A expectativa inicial de uma colheita de 39,6 milhões de sacas da espécie no país, feita pela Safras & Mercados, poderá não se confirmar. Já a colheita de conilon, produzido no Espírito Santo, poderá superar os 11,5 milhões de sacas previstos inicialmente. Apesar desse aumento, a indústria vai ter de continuar comprando o arábica mais fraco para compensar a oferta de conilon.