O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) afirmou em relatório que o Brasil exportou no mês de julho um total de 2,3 milhões de sacas de café, somando café verde, solúvel, torrado e moído. O número representa um crescimento de 24,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportados 1,8 milhão de sacas.
A receita cambial também aumentou 10,8% em relação a 2017, chegando a US$ 337,2 milhões. Entre as variedades embarcadas no mês, o café arábica se manteve na liderança de café exportado, representando 71,7% do volume total de exportações (1,7 milhão de sacas).
O café conilon representou 15,8% (367 mil sacas) das exportações, alcançando um recorde entre os meses deste ano, uma grande recuperação da variedade que havia sido prejudicada pela forte estiagem ocorrida no Espírito Santo em 2015/2016. Em seguida vem o café solúvel, com participação de 12,5% (291 mil sacas) nas exportações do mês.
No acumulado de janeiro a julho de 2018, o Brasil registrou um total de 16,9 milhões de sacas exportadas, uma queda de 0,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial também apresentou um declínio de 10,9%, alcançando US$ 2,6 bilhões.
“Apesar dos problemas observados na movimentação de carga nos portos e navios, que influenciaram os embarques de café no mês de julho, os resultados foram positivos e se mostraram acima do esperado. Destaca-se as exportações do café conilon, sinalizando uma boa safra nesse novo ano cafeeiro 2018/19. No primeiro mês desta nova safra, ainda em fase da colheita, já registramos bons números, como 2,03 milhões de sacas de café verde e 291 mil sacas de solúvel, com perspectivas de relevante recuperação para os próximos meses. Portanto, as exportações brasileiras indicam uma tendência positiva em termos de quantidade, graças ao bom trabalho dos produtores e ao clima, além da eficiente estrutura logística do comércio exportador de café. Vale lembrar também que há um reconhecimento constante da qualidade do café brasileiro”, afirma Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Quem compra?
Estados Unidos, Alemanha e Itália seguem ocupando, respectivamente, os três primeiros lugares no ranking dos principais destinos do café brasileiro. Os EUA importaram 2,9 milhões de sacas de café de janeiro a julho deste ano (17,2% do volume total exportado no período); a Alemanha importou 2,7 milhões (15,9%); e a Itália, 1,5 milhão (9,1%).
Na sequência estão: Japão, com 7% (1,2 milhão de sacas); Bélgica, com 6% (1 milhão de sacas); Reino Unido, com 4,2% (708 mil sacas); Turquia, com 3,1% (531 mil sacas); Federação Russa, com 2,8% (482 mil sacas); Canadá, com 2,6% (440 mil sacas); e França, com 2,4% (405 mil sacas).
Vale destacar o Reino Unido, que comparado ao ano civil de 2017, apresentou um crescimento de 104,6% no consumo de café brasileiro. Outros países que também registraram aumentos no consumo foram Canadá (crescimento de 4,63%); Itália (1,70%) e Bélgica (0,05%).
Em relação aos cafés diferenciados, no ano civil, o Brasil exportou 2,8 milhões sacas, uma participação de 16,7% no total do café exportado e 20,4% da receita. Em relação ao mesmo período de 2017, o volume representou um crescimento de 10,4%.
Os principais destinos no período foram: Estados Unidos, responsável por 21,3% (603,1 mil sacas); seguido pela Alemanha, com 13,9% (393 mil sacas); Bélgica, com 13,8% (391,3 mil sacas); Japão, com 8,5% (239,5 mil sacas); Reino Unido, com 6,2% (175 mil sacas) e Itália, com 5,4% (152,4 mil sacas).
Preços e portos
Em julho, o preço médio foi de US$ 144,96/saca, um decréscimo de 10,8% na comparação com julho de 2017, quando a média era de US$ 164,42. O Porto de Santos se manteve na liderança da maior parte das exportações no ano civil, com 83% (14 milhões sacas). O Porto do Rio de Janeiro aparece na sequência, com 10,8% dos embarques (1,8 milhões de sacas).
O relatório completo está disponível no site do Cecafé: www.cecafe.com.br
As informações são do Cecafé.