O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) apresentou um relatório sobre a exportação do café no mês de setembro. Dados afirmam o número de 3,02 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído, volume 24% superior a setembro do ano passado, quando foram exportados 2,4 milhões de sacas.
Com relação às variedades embarcadas, o café arábica se manteve firme com aumento de 14,9% na comparação com setembro de 2017, correspondendo a 81% do volume total de exportações (2,4 milhões de sacas). O café robusta apresentou crescimento de 1091,6% e atingiu a participação de 9,7% das exportações no mês (291,6 mil sacas). O solúvel se manteve estável, com participação de 9,3% (280,3 mil sacas).
Já no acumulado de janeiro a setembro de 2018, o Brasil registrou um total de 23,6 milhões de sacas exportadas, um crescimento de 7,3% na comparação com igual período do ano passado. A receita cambial, neste caso, apresentou uma queda de 6,0%, alcançando US$ 3,5 bilhões.
Até o mês de setembro, o café conilon (robusta) cresceu 728,6% em comparação ao ano passado. Isso mostra a recuperação da variedade, que havia sido prejudicada pela estiagem que ocorreu no Espírito Santo em 2015/2016.
Para Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé, o volume de exportação foi de 24%, superior ao mês passado, porém, com os problemas de falta de containers e espaço nos navios, foram perdidos de 10% a 15%. “Para se ter uma ideia, sabemos de exemplos como um único exportador que deixou de embarcar 100 mil sacas. O exportador tem feito sua parte, respeitando as agendas, deixando as cargas prontas, despachadas e com a documentação toda organizada, porém muitas vezes a carga é ‘rolada’ para o próximo navio. O segmento está organizado para atender o mercado importador, mas devido aos problemas logísticos da navegação, não tem conseguido atender aos compradores com assiduidade”, completa.
Principais destinos
No ano civil (janeiro a setembro de 2018), Estados Unidos, Alemanha e Itália continuaram sendo os três principais destinos do café brasileiro. Os EUA importaram 4,1 milhões de sacas de café de janeiro a setembro deste ano (17,4% do volume total exportado no período); a Alemanha importou 3,6 milhões (15,3%); e a Itália, 2,2 milhões (9,2%).
Na sequência estão: Bélgica, com 6,9% (1,62 milhão); Japão, com 6,7% (1,58 milhão de sacas); Reino Unido, com 4,4% (1,04 milhão sacas); Turquia, com 3% (707 mil sacas); Federação Russa, com 2,8% (653 mil sacas); Canadá, com 2,4% (573 mil sacas) e França, com 2,3% (547 mil sacas).
Entre os principais destinos, destaca-se o aumento de volumes exportados para a Itália (6,8%), Bélgica (27,05%) e do Reino Unido (135,7%) no ano civil de 2018 comparado com o de 2017.
Preços
Segundo o Cecafé, em setembro, o preço médio foi de US$ 135,88/saca, um decréscimo de 18,6% na comparação com setembro de 2017, quando a média era de US$ 166,87/saca.
Portos
O Porto de Santos se manteve na liderança da maior parte das exportações no ano civil, com 82,1% (19,4 milhões sacas). O Porto do Rio de Janeiro aparece na sequência, com 11,7% dos embarques (2,7 milhões de sacas).
O relatório completo está disponível no site do Cecafé.