A terça-feira (22) foi de desvalorização no mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York. As cotações voltam a cair depois de altas motivadas pelo baixo volume de chuva nas áreas cafeeiras do Brasil.
Por volta das 11h57 (horário de Brasília), setembro/2021 tinha queda de 215 pontos, valendo 151,90 cents/lbp; dezembro/2021 registrava queda de 215 pontos, valendo 154,80 cents/lbp; março/2022 registrava queda de 220 pontos, valendo 157,45 cents/lbp; e maio/2022 tinha baixa de 220 pontos, valendo 158,85 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o canéfora (conilon) também opera com desvalorização. Setembro/2021 tinha queda de US$ 27 por tonelada, valendo US$ 1590; novembro/2021 operava com baixa de US$ 27 por tonelada, valendo US$ 1612; janeiro/2022 tinha baixa de US$ 27 por tonelada, negociado por US$ 1625; e março/2022 também registrava queda de US$ 27 por tonelada, valendo US$ 1650.
Do lado negativo para os preços, o Rabobank revisou as safras 2020/2021 e 2021/2022 de café do Brasil, pois foi observado estoque de passagem muito maior do que o esperado em recente pesquisa, considerando também um aumento no consumo doméstico e as fortes exportações brasileiras.
De acordo com um relatório do Rabobank, para a safra passada (2020/2021), a produção do Brasil foi projetada em 72 milhões de sacas (sendo 53 milhões do tipo arábica), ante projeção prévia de 67,5 milhões de sacas (49 milhões de arábica). Já a safra 2021/2022, cuja colheita está em andamento, foi estimada em 56,7 milhões de sacas, sendo 36 milhões do tipo arábica (32% menor em relação ao ciclo anterior).
Já para o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial ficará em 164,84 milhões de sacas de 60 kg, com queda de 6,2% sobre a safra 2020/2021, estimada por eles em 175,81 milhões de sacas. “Para o USDA, nossa safra 2021/2022 será de 56,3 milhões de sacas, contra 69,9 milhões de sacas em 2020/2021", destacou Eduardo Carvalhaes em sua última análise.
Em relação ao clima no parque cafeeiro, apesar do dia amanhecer com áreas de instabilidade em São Paulo e no Sul de Minas, as condições de chuvas são pontuais, sem chance de chuva generalizada, de acordo com as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na última semana, os preços também foram pressionados pelas chuvas registradas em Minas Gerais, que continuam abaixo da média ideal.
As informações são do Notícias Agrícolas.