Boletim semanal Escritório Carvalhaes - ano 85 - n° 17
Se quiser consultar boletins anteriores, clique aqui e confira o histórico no site*
Santos, sexta-feira, 27 de abril de 2018
A semana foi de alta no mercado de café. Os contratos na ICE Futures US em Nova Iorque oscilaram bastante, mas foram somando ganhos no decorrer dos dias. Os com vencimento em julho próximo acumularam 470 pontos no período. Hoje, sexta-feira, foi o dia de maior alta, 275 pontos.
O dólar também trabalhou em alta frente ao real e as ofertas no mercado físico brasileiro subiram lentamente ao longo da semana. Produtores que já estavam com lotes oferecidos no mercado aproveitaram para vendê-los e fazer “caixa” para as despesas de colheita.
A maturação do conilon está atrasada, impedindo o início da colheita em muitas regiões produtoras. A necessidade imediata de café para o mercado interno brasileiro estimulou os negócios, empurrando os preços da variedade para a faixa entre 330 e 350 reais.
Os preços do arábica também reagiram. Primeiro foram os de melhor qualidade, limpos em tipo e graúdos, que já na quarta-feira voltaram a ser comercializados acima dos 450 reais. Os demais, de bebida mais fraca, mais baixos em tipo ou de safras anteriores, subiram mais devagar. Hoje, com uma alta mais consistente em Nova Iorque, não houve mais negócios com arábicas, mesmo os fracos em bebida abaixo de 400 reais a saca.
Os operadores vão se conscientizando que sem estoques governamentais e depois de três anos seguidos de problemas climáticos, aliados ao bom desempenho de nossas exportações em 2014, 2015 e 2016, o que resta de estoques em mãos da iniciativa privada deverá ser usado em maio e junho, para abastecer nosso consumo interno e exportações. Portanto restará muito pouco café da safra atual para complementar os embarques dos primeiros meses do novo ano-safra brasileiro, que se inicia em julho.
O difícil momento político atual e as eleições em outubro próximo provavelmente levarão os cafeicultores brasileiros a, no início desta nova safra, continuarem a vender apenas o necessário para fazer frente às despesas de colheita e compromissos que estiverem vencendo.
Até dia 26, os embarques de abril estavam em 1.370.949 sacas de café arábica, 30.558 sacas de café conillon e 128.497 sacas de café solúvel, totalizando 1.530.004 sacas embarcadas, contra 1.791.870 sacas no mesmo dia de março. Até o mesmo dia 26, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 2.113.816 sacas, contra 2.390.777 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 20, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 27, subiu nos contratos para entrega em julho próximo 470 pontos ou US$ 6,22 (R$ 21,51) por saca. Em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 20 a R$ 530,76 por saca, e hoje, dia 27, a R$ 559,89. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em julho, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 275 pontos. No mercado firme de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2017/2018, condição porta de armazém:
R$450/470,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$450/460,00 - FINOS A EXTRA FINOS – MOGIANA E MINAS.
R$440/450,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$415/425,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$400/410,00 - RIADOS.
R$400/410,00 - RIO.
R$400/410,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$390/400,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 3,4580 PARA COMPRA.