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Boletim Carvalhaes: ambiente político e econômico reforçam comportamento de cafeicultores

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/05/2018

3 MIN DE LEITURA

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Boletim semanal Escritório Carvalhaes - ano 85 - n° 18
Se quiser consultar boletins anteriores, clique aqui e confira o histórico no site*
Santos, sexta-feira, 04 de maio de 2018

Depois dos contratos de café com vencimento em julho próximo em Nova Iorque acumularem 470 pontos de alta na semana passada, fechando a US$ 1,2240 por libra peso, a ICE abriu em alta nesta segunda-feira e já na terça seus contratos de café para julho fecharam a US$ 1,2480 por libra peso. Nos demais dias oscilaram bastante, fechando hoje, sexta-feira, a US$ 1,2260, e acumulando 20 pontos de alta na semana.

Além dessas altas na ICE, a desvalorização do real frente ao dólar acelerou nesta semana, levando o mercado físico brasileiro de café a movimentar-se com os preços em reais subindo e incentivando o fechamento de um volume mais significativo de negócios. Muitos compradores esperavam uma oferta maior de lotes nas bases oferecidas por eles, mas estamos na entressafra de uma safra de ciclo baixo e o que resta de café está em mãos de produtores mais capitalizados que não se motivaram com o pequeno movimento de alta depois do recuo das cotações nos últimos meses.

Segundo a economista Monica de Bolle, a recente desvalorização do real é uma “reação retardada” do mercado ao reconhecimento de que a recuperação brasileira não é tão sólida quanto aparentava, e à percepção de que o impacto de conflitos comerciais entre EUA, China e União Europeia poderão ser maiores do que o esperado (fonte: Estadão de hoje, página B8).

Em nossa opinião, o ambiente político e econômico no Brasil e no mundo reforçam o comportamento dos cafeicultores brasileiros. Conservadores, eles sabem que o café é cotado em dólares, que o consumo brasileiro e mundial está em alta contínua, que no Brasil os estoques governamentais zeraram e os em mãos da iniciativa privada são pequenos. Nas bases de preços atuais, em meio a todas as incertezas que enxergam à frente, preferem manter o café a vender para aplicar no mercado financeiro. Vendem o necessário para cumprir os compromissos financeiros mais próximos. Não descartamos a possibilidade deste comportamento dos produtores continuar na entrada da próxima safra.

A produção de café na Colômbia subiu 5% no mês de abril quando comparada ao mesmo período do ano passado, mas no acumulado do ano-safra colombiano (outubro de 2017 a abril de 2018) registra queda de 7%. A produção nos últimos doze meses encerrados em abril de 2018 caiu 3%.

Até dia 3, os embarques de abril estavam em 1.789.010 sacas de café arábica, 48.228 sacas de café conillon e 206.254 sacas de café solúvel, totalizando 2.043.492 sacas embarcadas contra 2.402.306 sacas no mesmo dia de março. Até o mesmo dia 3, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em abril totalizavam 2.386.570 sacas contra 2.624.776 sacas no mesmo dia do mês anterior.

Já os embarques de maio, também até o dia 3, estavam em 19.588 sacas de café arábica e 2.346 sacas de café solúvel, totalizando 21.934 sacas embarcadas contra 100.757 sacas no mesmo dia de abril. Até o mesmo dia 3, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em abril totalizavam 202.550 sacas contra 173.597 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE do fechamento do dia 27, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 4, subiu nos contratos para entrega, em julho próximo, 20 pontos ou US$ 0,26 (R$ 0,91) por saca. Em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam, no dia 27, a R$ 559,89 por saca, e hoje, dia 4, a R$ 570,69. Hoje, sexta- feira, nos contratos para entrega em julho, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 175 pontos. No mercado estável de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2017/2018, condição porta de armazém:

R$460/480,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$450/460,00 - FINOS A EXTRA FINOS – MOGIANA E MINAS.
R$440/450,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$425/435,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$410/420,00 - RIADOS.
R$400/420,00 - RIO.
R$400/420,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$390/410,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.

DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 3,5190 PARA COMPRA.

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