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ATeG destaca a importância de mapeamentos, pesquisas e cuidados na colheita do café

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/05/2021

3 MIN DE LEITURA

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Os produtores de Passos (MG) já se preparam para a colheita, tanto manual como mecanizada, e contam com a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Sistema FAEMG/SENAR/INAES. Depois de meses de trabalho e cuidados com a planta, chega o momento de começar a colher.

“Até esse momento, realizamos em campo todo o acompanhamento de manejo nutricional, de controle de pragas e doenças, buscando alternativas viáveis e efetivas para os produtores, com o compromisso de trabalhar com o que é melhor para a atividade, para que haja mais lucratividade e perpetuidade da atividade”, ressalta o técnico do ATeG, Lucas Paulino Silva dos Santos.

Como já comentado, 2021 será de baixa produtividade. Também em decorrência da seca, a previsão é que a queda na safra desse ano chegue a 40,7% conforme dados da Emater. Segundo o supervisor Rodrigo de Almeida, as consequências da estiagem são notadas mesmo nas lavouras bem cuidadas: “o acompanhamento técnico melhora a força das lavouras e elas sentem menos a seca, mas a falta da água prejudica todos”. 

Para a maioria dos produtores, a preocupação é com a qualidade, uma vez que agrega valor ao produto e aumenta as oportunidades do mercado valorizá-lo mais. “Não podemos esquecer que ano após ano a exigência quanto à qualidade tem sido cada vez maior. Devendo nos atentar a vários detalhes, pois muitas vezes você pode estar produzindo um café bom, mas não é um café muito bom, e isso se determina em diversos detalhes durante e após a colheita”, explicou o técnico Lucas Paulino.

Ele ressalta que com o advento dos cafés especiais, tem se visto uma dimensão se abrir no horizonte cafeeiro, mostrando o quanto o café não é só café, é algo muito maior, é complexo, universal e heterogêneo. “Primeiramente, além dos temas já comumente falados, a classificação física, ‘a cata’ do café, e também a análise da granulometria, as peneiras, devemos entender a complexidade que é o perfil sensorial, ou seja, a “prova” do café na xícara, sendo cada café um café diferente”, comentou.

Para se chegar a essa qualidade buscada pelo público, Lucas orienta os produtores com alguns pontos. “Utilizamos o mapeamento de qualidade, onde se realiza uma amostragem de frutos maduros que atingem primeiramente o ponto de maturação. Secamos esses separadamente, talhão a talhão, ou em talhões muitos grandes sugerindo que se divida conforme a realidade do local e oscilação de microclimas. Realizamos a avaliação sensorial, amostra por amostra, e observamos os potenciais dos talhões. O trabalho é focado nos locais que apresente qualidade satisfatória. O trabalho e o custo a mais são destinados para conservar a qualidade daquele talhão”, observa.

Com o planejamento em mãos, busca-se colher a menor porcentagem de frutos verdes e a maior porcentagem de frutos maduros, lembrando de manter equilíbrio diante dessa porcentagem. Com a colheita realizada, a separação de lotes e a rastreabilidade deles, com cuidado e cautela garantem a qualidade final do produto.

“Muitas vezes se fala em rastreabilidade e sempre se realiza somente a separação e anotação de todo processo. A união dos lotes acaba não sendo feita seguindo critérios rigorosos. Esse ponto pode provocar erros e, também, uma possível perca. Ressaltando que dificilmente o produtor conseguirá fazer 100% dos seus cafés, ter uma qualidade muito acima”, explica.

Para Lucas, é primordial pensar e trabalhar em cada detalhe, pois para agregar valor no seu produto e produzir cafés especiais que sejam produtos com grandes diferenciais, é necessário focar e agir de forma localizada e com os pés no chão.

O reconhecimento desse trabalho é realizado anualmente pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES através do Cupping ATeG Café, que está na sua 4ª edição, e premia os cafés de maior qualidade em todo estado, além de estimular a venda de lotes com valores diferenciados para o produtor.

Em 2021, o Sistema também premiou 21 pessoas entre produtores, técnicos e supervisores do Programa em todo estado. A premiação Destaques ATeG Café marcou o encerramento do ciclo de quatro anos dos pioneiros do ATeG em Minas Gerais.

As informações são do Notícias Agrícolas.

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