Com o intuito de discutir o contexto do setor cafeeiro, desafios e oportunidades para os próximos anos, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) participou de reuniões com os membros do Governo Federal.
Pavel Cardoso, Presidente da Associação, e Celírio Inácio, Diretor Executivo, participaram de uma reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), na sede do Instituto Pensar Agro (IPA), a convite da entidade e do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Na ocasião, estiveram presentes cerca de 80 parlamentares, entre deputados e senadores, além de representantes de diversas entidades do agronegócio brasileiro. O presidente do IPA, Nilson Leitão, apresentou o Instituto e destacou a importância do diálogo entre as organizações que representam os diferentes elos da cadeia do café brasileiro.
A Abic também participou de conversa no Palácio do Planalto com o Secretário Especial de Assuntos Federativos, André Ceciliano, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, ao lado de membros do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC).
Pavel Cardoso relembrou a criação dos selos de Pureza e de Qualidade da Abic e a contribuição dos programas para a oferta de cafés de qualidade ao consumidor brasileiro, e afirmou haver espaço para expansão do consumo per capita, no Brasil e no mundo. André Ceciliano informou aos presentes que a Secretaria de Assuntos Institucionais está de portas abertas ao setor cafeeiro brasileiro e informou que as demandas serão levadas ao conhecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Também na terça, membros do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV), do Ministério da Agricultura, receberam a Abic para tratar de assuntos relativos à aplicação da Portaria nº 570/22, que estabeleceu o novo Padrão Oficial de Classificação do Café Torrado.
Celirio Inácio falou sobre o apoio que a Abic tem prestado às empresas associadas e das dificuldades enfrentadas pelos industriais no sistema SIPEAGRO. Foi abordado, ainda, os próximos passos para o desenvolvimento sustentável da indústria e para a fiscalização da qualidade do café ofertado ao consumidor brasileiro.
Já na Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, os obstáculos burocráticos no acesso aos recursos do Funcafé foram abordados, visando obter esclarecimentos. “O recurso financeiro do Funcafé já existe. Contudo, isso não é suficiente. O investimento na promoção do café depende da abertura de espaço financeiro pelo Governo, com aval do Congresso Nacional. Em outras palavras, a Lei Orçamentária precisa ampliar o limite de gastos do Ministério da Agricultura, para que o dinheiro do Fundo possa ser utilizado de maneira diferente do modelo atual, focado na concessão de empréstimos”, explica Felipe Moreira, Relações Governamentais da ABIC. A discussão deve prosseguir no próximo encontro do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), em março.
Abic apoia lançamento da Frente Parlamentar do Café
No dia oito, a Abic esteve presente no gabinete do Deputado Federal Emidinho Madeira (PL/MG), na Câmara dos Deputados. Inácio falou sobre os novos assuntos legislativos que impactam o setor e destacou a importância do diálogo parlamentar com os diferentes elos da cadeia do café. Madeira, que deve ser reconduzido à coordenação da Frente Parlamentar do Café, se colocou à disposição da ABIC e convidou a entidade para criar em conjunto o evento de lançamento do grupo parlamentar.
Visita a APEX Brasil
Na última quinta-feira (9), membros da Abic visitaram a Apex-Brasil visando estreitar ainda mais o relacionamento entre as instituições. A Associação deseja contribuir para o fortalecimento da imagem do café e dos industriais brasileiros que buscam expandir seus negócios no mercado internacional. Durante a visita, a comitiva apresentou ao presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana, o trabalho da Abic e foi discutido maneiras de se aprimorar a competitividade e a presença das empresas nacionais no mercado global. A Abic continua estudando formas de facilitar o trabalho de torrefação e moagem para exportação, bem como a participação em eventos internos que promovam a qualidade e a sustentabilidade do café torrado e moído.
As informações são da Abic.