Com base nos dados do 1º Levantamento da Safra de Café de 2021, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Embrapa Café aponta que a safra de café desse ano será proveniente de uma área em produção de 1,76 milhão de hectares, o que representa a menor área colhida de café dos últimos 20 anos. Em complemento, a área em formação é de 431,9 mil hectares, o que totaliza 2,19 milhões de hectares cultivados com café no Brasil.
Sendo assim, a produção total deve ficar em torno de 43,8 milhões a 49,5 milhões de sacas, o que indica uma redução de 21,4% a 30,5%, em comparação com o volume colhido em 2020. Em relação exclusivamente à safra do arábica, a produção estimada para 2021 compreende o intervalo de 29,7 milhões a 32,9 milhões de sacas, o que indica uma redução de 32,4% a 39,1% em comparação com a safra de 2020. Quanto ao café ao canéfora (conilon), a produção estimada ficou no intervalo de 14,1 milhões a 16,6 milhões de sacas, podendo apresentar redução de até 1,2% ou incremento de até 16%, se comparada com a safra passada.
Assim, vale destacar que o ponto médio entre os limites inferior e superior da produção de café arábica, neste ano de 2021, foi estimado em 31,35 milhões de sacas, e, no caso do canéfora (conilon), o ponto médio da safra indica volume de 15,37 milhões de sacas produzidas.
A soma dos volumes de produção das duas espécies de café totaliza 46,72 milhões de sacas. Dessa forma, considerando os pontos médios das estimativas, verifica-se que a produção de café arábica deve ser responsável por aproximadamente 67% da safra total dos Cafés do Brasil e, em complemento, a produção de canéfora deve representar por volta de 33%, ou seja, 1/3 desse total. Esses números ainda poderão ser objeto de ajustes nas próximas etapas de levantamento desta safra.
O Levantamento apresenta a estimativa inicial da produtividade média nacional de café em um intervalo de 24,97 a 28,24 sacas por hectare, com previsão de redução de 15,7% a 25,4% em comparação com a produtividade de 2020, que foi de 33,48 sacas por hectare. De acordo com a Conab, essa redução da produtividade pode ser atribuída à bienalidade negativa, fenômeno que alterna uma produção menor e uma safra maior no ano seguinte, notadamente no café arábica, e também às adversidades climáticas registradas em algumas regiões produtoras.
Com relação às produtividades médias deste ano, no caso do café arábica, foi estimado o intervalo de 21,52 a 23,89 sacas por hectare, com diminuição de 25,8% a 33,1% em comparação com a produtividade de 2020, que foi de 32,18 sacas por hectare de café arábica. No caso do canéfora, a produtividade média para esta safra está estimada no intervalo de 37,68 a 44,25 sacas por hectare, podendo apresentar redução de até 2,8% ou incremento de até 14,1% em relação à produtividade média dessa espécie no ano passado, que foi de 38,78 sacas por hectare.
A safra de 2020/2021 bateu um recorde, atingindo um valor de 63,07 milhões de sacas, com uma produtividade média de 33,5 sacas por hectare.
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As informações são da Embrapa Café.