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Análise hEDGEpoint: Relação entre exportações e diferenciais do café

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 02/08/2023

1 MIN DE LEITURA

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A demanda global está se tornando cada vez mais dependente do fornecimento brasileiro: o Brasil é o único país que tem seguido uma tendência ascendente em termos de sua participação nas exportações globais nos últimos anos (Gráfico #1). Embora o Vietnã também tenha apresentado crescimento nos últimos 30 anos, o país experimentou redução no fornecimento em ciclos recentes, o que impactou sua participação nas exportações globais. Por outro lado, Colômbia, América Central e México viram sua participação cair pela metade no mesmo período (Gráfico #2).

Em conjunto, espera-se uma recuperação de 3% nas exportações da América Central e México, marcando o primeiro aumento significativo desde 17/18 (em 20/21, as exportações aumentaram apenas 0,2%, permanecendo praticamente inalteradas). “Consequentemente, a redução no preço recebido pelos produtores de café arábica lavado não apenas indica uma demanda menor por esse tipo de café, mas também reflete a expectativa do mercado de algum alívio percebido no lado do fornecimento”, diz Natália Gandolphi, analista de Café hEDGEpoint Global Markets.

Segundo a analista, no entanto, é importante enfatizar que o aumento das exportações não compensa as quedas anteriores. Ao indexar as exportações ao volume global produzido, a recuperação não é significativa. Então, por que houve uma queda tão acentuada? De acordo com análises da hEDGEpoint Global Markets, em 2022, houve uma considerável divergência da tendência devido a questões decorrentes da pandemia. Agora, os diferenciais estão retomando o movimento de tendência. No entanto, ainda há espaço para uma redução adicional de 5% nos diferenciais.

“Os diferenciais para o café arábica de maior qualidade também refletem a dinâmica da demanda. Esperamos uma redução na demanda por café arábica lavado em diversos destinos, uma tendência evidente pela falta de resposta dos diferenciais aos preços em queda na Bolsa de Nova York (NY). Com essa perspectiva, novas certificações podem se tornar viáveis”, afirma.

Em relação aos preços locais, segundo o relatório, os diferenciais internos na Colômbia permanecem com desconto, juntamente com a ameaça de greve no próximo mês. Nos preços CIF, os níveis estão em mínimas de 3 anos: Costa Rica, com uma variação de -20%, e Colômbia, com -35%.

Leia o relatório completo aqui.

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