Os preços do café continuaram refletindo a dinâmica de incerteza e baixa liquidez, impactados por três pontos de baixa:
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Pressão da colheita brasileira do ciclo 23/24, que já começou, em meio a mais estoques nas mãos dos produtores. Além disso, a liquidez está baixa porque os compradores estão trabalhando com compras “da mão para boca”. Como referência, até abril, a safra brasileira de arábica estava 85% comercializada, e no mesmo período das duas últimas safras, estava 90% comercializada. Considerando as diferenças no tamanho da safra, a diferença na taxa de venda representa uma adição de 2,7M scs em relação ao ano anterior.
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Marcadores técnicos, já que as médias móveis de 14 e 7 dias estão agora testando a média móvel de 100 dias e o próximo nível para o segundo contrato é 180 c/lb. A Figura #1 mostra os níveis que foram testados e os próximos níveis de suporte.
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Marcadores de demanda fracos, especialmente nos EUA. O país está importando menos café em relação ao ano anterior (-4%) e os estoques não estão caindo de acordo com essa métrica. Os dados das importações de março são esperados nos próximos dias, o que iluminará os resultados dos estoques da GCA - que foram neutras/baixistas em seu último lançamento.
Além disso, do lado da origem, podemos ver que a Costa Rica - que produz cafés suaves de alta qualidade com os maiores diferenciais na América Central - está registrando queda nas exportações, enquanto os suaves mais baratos, como Honduras, registram exportações mais altas, com aumento de 50% a/a em abril.
No acumulado, as exportações de Honduras estão 7% maiores quando comparadas ao mesmo período do ano passado, atingindo 3,3M scs. Esperamos que as exportações de Honduras totalizem 5,6M scs neste ciclo, resultando em estoques finais diminuindo quase pela metade em comparação com o ciclo anterior.
A Costa Rica, por sua vez, exportou 8% a menos no acumulado até abril no ciclo 22/23 em relação a 21/22. E essa dinâmica se dá apesar da boa disponibilidade: o país iniciou essa safra com estoques 27% maiores, e a ICAFE registra uma produção excepcional para o ciclo 22/23, com aumento de 14%. Estimamos a safra atual do país em 1,4M scs, com potencial de crescer também em 23/24, para 1,6M scs, desde que o El Niño não atrapalhe o desenvolvimento da safra.
Confira aqui o relatório completo.