Análise hEDGEpoint: Demanda de café nos destinos - União Europeia

No mercado de café da União Europeia (UE), uma análise dos dados revela tendências intrigantes e fatores que moldam a indústria: no final de junho, os estoques de café na UE totalizaram 11,56M scs, exibindo uma significativa variação de 12,6% abaixo da média. Surpreendentemente, houve um aumento mensal de estoque de 3,7%, ligeiramente acima da esperada mudança sazonal de 2,1%.

Em junho, a UE importou 3,74M scs de café verde, marcando uma diferença de -9% em relação ao ano anterior. Os números de importação também diminuíram 8% em comparação com o mês anterior, ultrapassando ligeiramente a queda sazonal esperada de -2%. Apesar dessas flutuações, a UE permanece como o principal importador mundial de café.

Para o ciclo de café 2022/2023, as importações acumuladas até junho totalizaram 34,9M scs, refletindo uma diminuição ano a ano de -4,1%. No entanto, esses números ficam aquém das estimativas de 36,5M scs, resultando em uma variação de -4,5%. Essa diferença pode ser atribuída a um ritmo de demanda ligeiramente superior às expectativas, levando a uma variação de -15% nos estoques, apesar de uma variação de -4% nas importações.

O consumo aparente, consolidado de outubro de 2022 a junho de 2023, atingiu 34,5 milhões de sacas, indicando um aumento positivo de 3% em relação ao ano anterior. Isso supera as estimativas de 33,6 milhões de sacas em 2%. É importante observar que a métrica de consumo aparente desconsidera o café reexportado, que diminuiu até abril, mas depois se recuperou.

A redução dos estoques totais na UE pode estar relacionada ao crescente custo do dinheiro, impulsionado pelas altas taxas de juros. O Banco Central Europeu (BCE) elevou recentemente as taxas de juros, mas o sentimento de mercado sugere possíveis cortes futuros à medida que a economia enfraquece.

De forma geral, o mercado de café da UE apresenta uma imagem complexa. Apesar de algumas flutuações inesperadas, a demanda superou as projeções, levando a estoques mais baixos. Esse equilíbrio deve continuar até setembro, com os participantes do mercado monitorando de perto o desenvolvimento econômico e as políticas de taxas de juros.

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