A segunda-feira (6) foi de alta nos contratos futuros dos cafés arábica e canéfora, atingindo a máxima de 10 anos, sustentada por gargalos de embarque e perspectivas de produção mais baixa.
O café arábica para março fechou em alta de 2,6%, a 2,4985 dólares por libra-peso, após subir anteriormente para 2,5085 dólares, a máxima desde outubro de 2011. O café canéfora para janeiro subiu 1,4%, para 2.420 dólares a tonelada, tendo anteriormente atingido 2.437 dólares, a máxima desde agosto de 2011.
Operadores disseram à Reuters que as dificuldades de embarque restringiram o fornecimento de café nos Estados Unidos e na Europa, enquanto o clima adverso no Brasil, no início deste ano, afetou as perspectivas para a safra do próximo ano no maior exportador mundial. As chuvas, por sua vez, interromperam a colheita no principal produtor de robusta, o Vietnã, enquanto a pandemia de Covid-19 contribuiu para a escassez de colhedores.
Na manhã desta terça-feira (7), o mercado futuro do café arábica abriu o pregão mantendo o cenário de valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A preocupação com a oferta do grão, as condições climáticas no Brasil e os problemas logísticos continuam dando suporte aos preços e na véspera as cotações subiram mais de 2%, atingindo nova máxima em 10 anos.
Por volta das 8h33 (horário de Brasília), março/2022 tinha alta de 150 pontos, negociado por 251,35 cents/lbp; maio/2022 tinha valorização de 160 pontos, negociado por 250,40 cents/lbp; julho/2022 tinha alta de 150 pontos, negociado por 248,65 cents/lbp; e setembro/2022 subia 140 pontos, valendo 246,40 cents/lbp.
Em Londres, o canéfora abriu o dia com ajustes técnicos. Março/2022 tinha alta de US$ 12 por tonelada, valendo US$ 2327; maio/2022 tinha alta de US$ 5 por tonelada, valendo US$ 2285; julho/2022 tinha queda de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 2270; e setembro/2022 tinha alta de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 2272.
Já no mercado interno, o tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 3,33% em Guaxupé (MG), negociado por R$ 1.550; Poços de Caldas (MG) teve alta de 1,35%, valendo R$ 1.500; Araguarí (MG) teve alta de 2,68%, valendo R$ 1.530; Varginha (MG) teve alta de 4,70%, cotado a R$ 1.560; Campos Gerais (MG) teve alta de 2,79%, valendo R$ 1.545; e Franca (SP) teve alta de 1,32%, negociado por R$ 1.540.
O tipo cereja descascado teve alta de 3,12% em Guaxupé (MG), negociado por R$ 1.653; Poços de Caldas (MG) teve alta de 1,27%, negociado por R$ 1.590; Varginha (MG) teve alta de 4,49%, negociado por R$ 1.630; e Campos Gerais (MG) tinha alta de 2,69%, valendo R$ 1.605.
As informações são da Reuters e Notícias Agrícolas.