Na semana passada alguns produtores brasileiros de café e açúcar viram uma rara oportunidade de lucro quando a moeda brasileira atingiu sua mínima em dois anos frente ao dólar.
No dia 7 de junho, o real caiu cerca de 5% e a moeda norte-americana avançou para quase R$ 4, para os produtores que vendem commodities em dólar, isso significa mais reais por tonelada de café, açúcar ou milho. O volume negociado de café com Nova York, neste dia, foi o maior desde junho de 2016.
Em entrevista para a Agência Reuters, José Aparecido Naimeg, que produz café na região do Cerrado em Minas Gerais, afirma que os preços são fixados quando há picos nos preços, ele entrega seu produto para a cooperativa Expocaccer e esta se encarrega de fazer o hedge (operação que reduz ou elimina o risco com a variação de preços indesejados) em Nova York.
Thiago Cazarini, corretor na Cazarini Tranding Company, disse que os acordos esfriaram de novo depois que o Banco Central aumentou suas interferências no mercado de câmbio, trazendo o real de volta para cerca de 3,70 por dólar.
As informações são da Agência Reuters (Por Marcelo Teixeira; reportagem adicional por José Roberto Gomes e Roberto Samora) via CNC.