Da redação

A agropecuária é a única atividade da economia brasileira com saldo positivo nos postos de trabalho com carteira assinada, entre os oito setores pesquisados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). O desempenho foi favorecido pelo resultado de abril, quando o agro ocupou o segundo lugar ao empregar 14.648 trabalhadores celetistas, uma alta de 0,95% na comparação entre empregados versus desempregados. 


                             Foto: Alexia Santiagencia Ophelia/ Café Editora

O resultado é o melhor desde 2014, quando o saldo de abril ficou positivo em 20.859 vagas celetistas. Neste ano, a agropecuária acumula um saldo positivo de 29.131 vagas com carteira assinada, alta de 1,9% em comparação a igual período do quadrimestre do ano passado. Nos últimos 12 meses, contabiliza, também, um desempenho de 8.992 empregos celetistas (+0,59%). 

Para o vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) Hélio Sirimarco, com o crescimento do agronegócio nos últimos anos há maior demanda por mão-de-obra no campo, segundo mostram os estudos feitos pelo Departamento de Agricultura dos Estados (USDA). 

"De 2006 a 2010 o rendimento do agro cresceu 4,28% ao ano no Brasil. Na sequência aparecem China (3,25%), Chile (3,08%), Japão (2,86%), Argentina (2,7%), Indonésia (2,62%), Estados Unidos (1,93%) e México (1,46%)”, disse. 

Sirimarco destaca, ainda, que a Operação Carne Fraca deflagrada no dia 17 de março de 2017 pela Polícia Federal não causou impactos na geração de empregos na zona rural. E, uma vez que um setor se apresenta como o mais produtivo, é natural que a geração de novos empregos siga essa linha de crescimento.

“É importante lembrar que o setor agropecuário foi responsável pelo crescimento do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre de 2017, segundo dados do Banco Central do Brasil. É mais uma vez a prova de que o agronegócio tem sustentado a economia brasileira.”

Entre janeiro e abril de 2017

Entre janeiro e abril de 2017, em comparação a igual período do ano passado, a agropecuária acumula um aumento de 1,90%, ficando atrás somente da administração pública (1,91%) e à frente de serviços industriais de utilidade pública (0,49%), indústria de transformação (0,45%) e serviços (0,33%).