Em agosto, a média do indicador dos preços da Organização Internacional do Café (OIC) aumentou 10,7%, para 114,78 centavos de dólar dos EUA por libra-peso, quando comparado com o mês anterior.
Isso representa um aumento de 19,5% em comparação com agosto de 2019, quando o indicador composto da OIC alcançou a média de 96,07 centavos de dólar dos EUA/lb, a menor média para o oitavo mês do ano desde 2006.
Embora tenham aumentado, os preços permanecem baixos em relação com a média de longo prazo, de 139,21 centavos de dólar por libra-peso nos dez anos anteriores.
O indicador composto diário continuou a tendência de alta no final de julho, começando o mês em 113,62 centavos de dólar por libra-peso, antes de atingir uma mínima de 109,90 centavos de dólar americano por libra-peso em 11 de agosto. No entanto, os preços se recuperaram no final do mês e atingiram uma alta de 121,31 centavos de dólar por libra-peso em 31 de agosto.
Segundo a OIC, existem preocupações com o a oferta na temporada, por conta da queda na produção e nas exportações em alguns países, principalmente os produtores de arábica suave, que apoiaram os preços firmes em agosto.
Todos os preços indicativos do grupo subiram em agosto de 2020 pelo segundo mês consecutivo, com o maior aumento ocorrendo para Naturais Brasileiros.
Em julho de 2020, as exportações mundiais de café caíram 11%, para 10,61 milhões de sacas, em comparação com julho de 2019, e Outros Suaves registraram a maior queda. Nos primeiros dez meses do ano cafeeiro de 2019/2020, as exportações globais atingiram 106,59 milhões de sacas, 5,3% a menos que no mesmo período de 2018/2019.
A produção mundial de café é estimada em 169,34 milhões de sacas em 2019/2020, 2,2% menor que no ano passado. A OIC projeta uma redução na produção de quatro dos cinco maiores produtores da América Central e do México. A produção do Brasil, o maior produtor mundial, caiu 10,9%, para 58 milhões de sacas no ano-safra de 2019/2020, que terminou em março de 2020, e a expectativa é de alta para o próximo período.
A produção deverá aumentar nos dois maiores produtores da África: Etiópia e Uganda. Estima-se que a colheita da Etiópia aumente 2,1%, para 7,7 milhões de sacas, devido ao clima favorável e aos melhores serviços de extensão agrícola. A produção de Uganda é estimada em 4,9 milhões de sacas, 4,2% a mais que no ano passado, que é o segundo ano de aumento. O clima favorável e as novas árvores atingindo a maturidade aumentaram a produtividade ugandense.
Enquanto isso, o consumo global está estimado em um aumento de 0,3%, para 168,39 milhões de sacas em 2019/2020. Como resultado, há um excedente estimado de 952 mil sacas.
As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin