O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgou um relatório que mostra que o Brasil exportou 3,2 milhões de sacas de café no mês de agosto, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído.
O volume aponta uma queda de 9,5% quando comparado com agosto de 2018. O preço médio da saca de café também foi de baixa, de 10,8% em relação ao período do ano passado. A receita cambial gerada pelas exportações em julho de 2019, que chegou a US$ 398,4 milhões, também apresentou queda, de 19,2%.
Foram exportados 75,8% do volume total de café arábica, equivalente a 2,4 milhões de sacas. O café canéfora (conilon/robusta) atingiu 14,4%, com o embarque de 462 mil sacas. Já o solúvel representou 9,8% das exportações, com 314 mil sacas exportadas.
"O volume das exportações registrado em agosto foi positivo e indica que fecharemos o ano civil com uma excelente performance. Importante destacar que os cinco principais países compradores apresentaram um aumento de 30% de volume importado no acumulado de janeiro a agosto, em relação ao mesmo período no ano passado. Isso significa que o café brasileiro vem ampliando seu espaço no exterior, recuperando o mercado e reforçando seu reconhecimento como café de alta qualidade e de produção totalmente focada na sustentabilidade", aponta Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
De janeiro a agosto de 2019, considerado o ano civil, o total exportado permanece o maior dos últimos cinco anos para o período, com o embarque de 27 milhões de sacas. O volume representa um crescimento de 30,8% em relação ao ano passado e a receita cambial, neste caso, também apresentou crescimento, de 7,3%, atingindo US$ 3,4 bilhões.
Entre as variedades embarcadas, o café canéfora destaca-se pelo aumento de 90,7% nas exportações, se comparado ao volume da variedade exportado de janeiro a agosto de 2018. O café arábica também obteve um crescimento relevante de 29% em relação ao período do ano anterior, melhor resultado dos últimos 5 anos.
Principais destinos
Os cinco principais destinos de café brasileiro, que apresentaram um aumento de 30% de volume importado no ano civil (janeiro/agosto), foram: Estados Unidos, que importaram 5,1 milhões de sacas de café (19% do total embarcado no período); Alemanha, com 4,4 milhões de sacas importadas (16,3%); Itália, com 2,5 milhões de sacas (9,1%); Japão, com 2 milhões de sacas (7%); e Bélgica, com 1,8 milhão de sacas (6,8%). Na sequência estão: Turquia, com 804,3 mil sacas (3%); Federação Russa, com 703,5 mil sacas (2,6%); Reino Unido, com 676,1 mil sacas (2,5%); Espanha, com 599,5 mil sacas (2,2%); e Canadá, com 590 mil sacas (2,2%).
Todos os principais países consumidores de café brasileiro, exceto o Reino Unido, registraram no ano civil um aumento na importação do produto, comparando com o mesmo período do ano passado. Os destinos que registraram maior crescimento no consumo foram: Espanha (crescimento de 46,3%), Estados Unidos (42%) e Alemanha (40%).
Diferenciados
O Brasil exportou 5 milhões de sacas de cafés diferenciados (grãos de qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis). O volume foi responsável por 18,7% do volume total de café exportado de janeiro a agosto deste ano e representa um crescimento de 46,3% em relação ao volume do mesmo período de 2018.
A receita cambial gerada com a exportação de cafés diferenciados do Brasil foi de US$ 789 milhões, representando 23,4% do total gerado pelo Brasil com as exportações no ano civil de 2019.
Os principais destinos de cafés diferenciados foram: Estados Unidos, que importaram 1,2 milhão de sacas (24% do volume total embarcado no ano civil); Alemanha, com 642,2 mil sacas (12,7% de participação); Japão, com 617,3 mil sacas (12,2%); Bélgica, com 510 mil sacas (10,1%); Itália, com 445,1 mil sacas (8,8%); Canadá, com 203,1 mil sacas (4%); Suécia, com 143 mil sacas (2,8%); Reino Unido, com 141,3 mil sacas (2,8%); Espanha, com 108 mil sacas (2,1%); e Holanda, com 95 mil sacas (1,9%).
O relatório completo está disponível no site do Cecafé.