A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) definiu, ao lado da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, um novo Termo de Cooperação que permite que as indústrias associadas sejam duplamente certificadas, sendo no Programa de Qualidade do Café (PQC) e por meio da Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, fornecida pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, para que aqueles cafés provenientes do Cerrado Mineiro possuam o Selo de Origem e Qualidade.
A assinatura do convênio entre ABIC e a Federação é uma ação inédita, com o objetivo de fornecer ao consumidor um café comprovadamente de qualidade, com os Selos Superior e Gourmet do PQC, e que tenha o Selo de Denominação de Origem, garantindo a qualidade e origem dos grãos, a sustentabilidade das colheitas e processos, entre outros.
“Para a Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, é um grande fator motivador oferecer essa dupla certificação para a indústria, como incentivo ao produto de melhor qualidade e garantindo a origem e a sustentabilidade em todas as etapas do café. É também um ótimo meio de ampliarmos a sinergia para disseminar o Selo de Origem e Qualidade do Café”, comenta Francisco Sergio de Assis, produtor e presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado. Para ele, esse convênio demonstra o esforço dos cafeicultores em construir a primeira e, até o momento, única Denominação de Origem para o café no Brasil, ação inspirada nas famosas regiões de vinhos da Europa.
Para receber a dupla certificação por parte da ABIC, o produto deve ter a certificação do PQC na categoria de qualidade “Superior” (com nota de 6,0 a 7,2) ou “Gourmet” (com nota de 7,3 a 10). Já pela Federação, o produto deve conter em sua composição 100% do café de origem Cerrado Mineiro e estar em conformidade com o Programa de Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, ou seja, com bebida de qualidade mínima de 80 pontos, conforme metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA), originado de propriedades credenciadas junto à Federação, que cumpram todas as normas determinadas pela Denominação de Origem.
“Esse é um projeto antigo da ABIC que agora está oficializado. É um grande incentivo para as empresas adquirirem Certificações, garantindo qualidade e pureza nos produtos oferecidos ao consumidor. Temos a expectativa de que seja o pontapé inicial para, em breve, ser também uma alternativa às outras regiões cafeicultoras do País”, afirma Ricardo Silveira, presidente da ABIC.
As certificações não têm custo para as empresas interessadas. Para obter a certificação da ABIC, é necessário acessar o site www.abic.com.br/certificação. Já para obter o Selo de Denominação de Origem, é preciso que a indústria adquira o café in natura com o Selo de Origem e Qualidade, e possa utilizar o selo para o café industrializado em sua embalagem.
Mais informações: www.cerradomineiro.org