Numa época em que os baixos preços internacionais de grãos ameaçam a sustentabilidade da produção de café em vários países, a Colômbia tem com o que se defender: a qualidade do café, afirmou o gerente geral da Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC), Roberto Vélez Vallejo.
Essa proposta de valor em defesa das 540 mil famílias cafeicultoras colombianas surgiu na abertura da edição de 2019, na feira Cafés da Colômbia Expo, um dos eventos de cafés especiais da América Latina e do Caribe, que aconteceu em Corferias.
O líder sindical se referiu às previsões do especialista em desenvolvimento sustentável, Professor Jeffrey Sachs, que alertou que muitos cafeicultores que não são lucrativos tenderão a desaparecer.
Para Vélez Vallejo a qualidade do café é a chave para o futuro da Colômbia. "Temos que continuar trabalhando para que o país permaneça como o farol de cafés de qualidade no mundo. Enquanto a Colômbia tiver uma estrutura institucional, a Federação dos Cafeicultores não permitirá que eles saiam do mundo do café", acrescentou.
O gerente geral também convidou os participantes a aumentarem o consumo interno de café da Colômbia, uma vez que existem condições para que todos sejam especialistas na bebida. "É necessário tomar café de boa qualidade, não há explicação para que um colombiano não seja um mestre nas qualidades do café”, completa Vélez.
A Colômbia Expo reuniu a cadeia de valor do café, da semente à xícara. Além dos principais representantes da indústria, incluindo produtores, instituições de café, fabricantes e distribuidores de máquinas e suprimentos, redes de cafeterias, baristas, provadores, exportadores e comerciantes do grão e ainda, Campeonatos de Barista, Cup Tasters e Torra.
As informações são da Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia / Tradução Juliana Santin