As cotações do café em Nova Iorque e Londres tiveram intensa volatilidade nesta semana, resultando em um desempenho negativo. Os fundamentos do mercado permanecem os mesmos, com preocupações crescentes sobre a oferta global.
A colheita brasileira de café 2024/2025 avança rapidamente devido ao tempo seco: cerca de 80% da produção já foi colhida. Relatos de todas as regiões produtoras confirmam a quebra na produção tanto de arábica quanto de conilon. A quebra é evidente tanto na quantidade de frutos colhidos quanto no volume de grãos peneira 17 e CDs.
No domingo (21) registrou-se a temperatura média global mais alta da história: 17,09°C. Na segunda (22), o recorde foi novamente quebrado.
O clima continua sendo uma preocupação para a produção de café global. A chegada do La Niña aumenta as incertezas sobre a safra 2025/2026.
Cotações
ICE Futures US (Nova Iorque): os contratos de arábica para setembro fecharam hoje em US$ 2,3025/libra peso (- 445 pontos).
ICE Europe (Londres): os contratos de robusta para setembro fecharam a US$ 4.395,00 por tonelada (- US$ 93).
Estoques de café certificados
Na ICE Futures US, fecharam hoje em 814.801 sacas, um aumento de 282.553 sacas em relação ao ano passado.
Cotação do dólar
O dólar fechou hoje a R$ 5,6580, uma alta de 0,18%. Na semana, o dólar recuou 0,96% frente ao real.
No mercado físico brasileiro, compradores diminuíram ofertas ao longo da semana, com poucos negócios fechados. Há alta demanda por lotes de CDS com peneiras, em sua maioria, de 17 e 18, mercadoria rara nesta safra.
Embarques: 2.753.348 sacas em julho (até 26/7), contra 2.881.225 sacas no mesmo período de junho.
Certificados de origem emitidos: 3.237.764 sacas (em julho).