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50% do café Illy são do Brasil

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 12/04/2018

3 MIN DE LEITURA

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Por Mariana Proença e Daniela Quitanilha, de São Paulo

Executivos da torrefação italiana estão no Brasil para o 27º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso. Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 12/4, o CEO Massimiliano Pogliani e o presidente Andrea Illy falaram com jornalistas sobre as perspectivas da marca no Brasil e no mundo.

Pela primeira vez em terras brasileiras representando a illycaffè, Massimiliano reforçou a importância do País na estratégia da marca para o abastecimento de café de qualidade. “50% do café da Illy vem do Brasil. Para compor nosso blend utilizamos nove tipos de café arábica vindo de 20 países produtores”.

O prêmio, idealizado por Ernesto Illy, tem como objetivo incentivar a qualidade entre produtores nacionais. No total este ano o concurso recebeu 683 amostras de diversas regiões do Brasil. “Temos um relacionamento direto com o produtor e valorizamos muito esse direct trade. Pagamos um preço 30% acima da cotação do país na saca do produtor”, diz Andrea.

A Illy está de olho no mercado asiático, especialmente na China, que vem crescendo muito o consumo nos últimos anos. Segundo Massimiliano o foco é “explicar e levar conhecimento para as novas gerações do que é o café de qualidade para que eles comprem o produto e valorizem o que estão consumindo”.

No Brasil a Illy iniciou mais fortemente o trabalho de venda direta ao consumidor em 2016, que teve um crescimento de 25% no volume de vendas e, em 2017, fechou em 18% de aumento, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Sem previsão de abrir lojas no Brasil (hoje são 240 em todo o mundo) a illy está focada em lançar para o consumidor final uma nova máquina no País até o fim de 2018 e também trazer novos produtos da linha para a venda no Brasil.

Alerta para a questão climática
Mais cedo, no seminário anual da Universidade do Café Brasil/PENSA, o professor Samuel Ribeiro Giordano apresentou um estudo sobre mudanças climáticas e seus efeitos na cafeicultura. De acordo com Giordano, poucos grupos fazem pesquisa sobre mudanças climáticas em café, apenas 3%. O estudo mostra que há uma falta de consenso entre os pesquisadores sobre o tema. Uma parte acredita nas mudanças climáticas de origem antrópica e a outra na variedade climática não influenciada pelo homem. “Alguns dizem que essas mudanças são uma questão de variação que ocorre há milhões de anos e continuará a ocorrer. Não é um processo acelerado pelo homem”, explica. Segundo ele, as duas visões são mostradas para serem observadas, apesar das fortes evidências das mudanças climáticas de origem antrópica.

Em sua participação, Andrea Illy destacou os efeitos das mudanças climáticas, do aquecimento e da escassez da água. Ele explicou que o café arábica pode perder 56% das áreas aptas para o cultivo até 2050, particularmente no Brasil, leste da África e Madagascar, e ter pouco ganho de novas áreas. Falhas em resolver o problema levariam a um choque de preços, resultando em problemas sociais para as comunidades rurais cafeicultoras. “Provavelmente 80% das pessoas que plantam café em mais de 50 países seriam impactadas”, afirma Andrea.

Segundo ele, o investimento necessário para enfrentar os problemas é estimado em US$ 90 trilhões ao longo dos próximos 15 anos, o mesmo valor para tratar os danos mais tarde. “Podemos decidir se gastamos este valor agora e teremos retorno ou gastaremos este valor mais tarde sem retorno”, disse.

Para ele, um dos próximos passos seria a criação de um painel de especialistas em mudanças climáticas para avaliação de riscos. “Podemos apresentar o estudo do PENSA a autoridades para o desenvolvimento de políticas específicas”, disse.

Andrea também defende que a pesquisa agropecuária é um dos pilares que contribuem para garantir a presença permanente do Brasil no cenário internacional de oferta de cafés de qualidade.

A cerimônia de premiação do 27º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café será às 19 horas. Receberão a premiação os melhores cafés da safra brasileira 2017/2018, nas categorias nacional e regional. São mais de R$ 120 mil em prêmios. Acompanhe a transmissão da cerimônia pelas redes sociais da Revista Espresso: @revistaespresso; www.facebook.com/revistaespresso

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