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UFV e IAC debatem viabilidade do robusta em Minas e São Paulo

AGENDA DO PRODUTOR

EM 08/10/2008

3 MIN DE LEITURA

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Tradicionais produtores de café Arábica, Minas Gerais e São Paulo se rendem à necessidade de ampliar os estudos e analisar a viabilidade do cultivo do café robusta (Coffea canephora) em regiões marginais ao cultivo da espécie Coffea arabica. Seja pela intensificação do debate acerca das alterações climáticas, seja pelo incentivo das altas cotações praticadas no mercado ou pela demanda crescente da indústria, o café robusta, cuja variedade mais plantada no Brasil é a conhecida como "conilon", ganha espaço em importantes centros de pesquisa.

A Universidade Federal de Viçosa (UFV) e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), instituições fundadoras do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café), administrado pela Embrapa Café, escolheram esta espécie como tema de seus tradicionais eventos realizados em outubro. A UFV promove, de 08 a 10 de outubro, o 10º Encontro sobre Produção de Café com Qualidade, que nesta edição enfatiza a viabilidade e perspectivas para o conilon em áreas não tradicionais.

O VIII Curso de Atualização em Café, promovido pelo Centro de Café ´Alcides Carvalho´ (IAC), nos dias 16 e 17 de outubro, também chama a atenção para o debate sobre um modelo para implantação do café robusta no Estado de São Paulo, sobretudo em áreas marginais para o cultivo de arábica. Os eventos oferecerão aos participantes informações sobre cultivares, características fisiológicas, principais pragas e doenças, práticas culturais, entre outros aspectos técnicos e econômicos deste cultivo.

Viabilidade econômica

Até o momento, existem plantios de robusta em São Paulo e Minas Gerais somente em condições experimentais e para produção de semente, mas já foi anunciado o interesse de grupos privados neste tipo de cultivo. Mais produtivo e com custo menor de produção, à primeira vista o robusta é garantia de sucesso. Embora se mostre como alternativa atraente para regiões não tradicionais, deve ser levado em conta a falta de preparo do cafeicultor, sobretudo na propriedade familiar, para o cultivo comercial de uma espécie que demanda outro sistema de produção, desde o plantio ao pós-colheita.

Enquanto a variedade arábica pede altas altitudes e clima ameno, a variedade robusta vai bem a altitudes baixas e temperaturas mais altas, além de ser mais resistente a doenças. Em artigo apresentado na 22nd International Conference on Coffee Science - ASIC 2008, pesquisadores do IAC e do Instituto de Economia Agrícola (IEA) alertam que em determinadas regiões são exigidos investimentos em irrigação e sistemas de quebra-vento, além do risco de baixas temperaturas em períodos críticos da cultura.

Um projeto de implantação do robusta no Estado demandaria estudos sobre um adequado manejo da lavoura, com especial atenção à adubação, espaçamento, podas, irrigação, colheita e secagem, além de estudos para a verificação da adaptação de cultivares.

O conilon ganha novo status

Marginalizado como bebida inferior ao do café arábica, o pacote tecnológico desenvolvido para o cultivo do conilon, sobretudo no Estado do Espírito Santo, já permite se falar em café de qualidade, particularmente do conilon CD (cereja descascado). Esta nova realidade favorece o Brasil, já que é o segundo maior produtor e o terceiro maior exportador de café robusta, com produção em torno de 10 milhões de sacas, o que representa 23% da produção mundial. O Espírito Santo responde por mais de 72% da produção nacional, seguido por Rondônia, próximo a 13%.

Com a implantação de cultivares melhoradas e adoção de tecnologias adequadas, a cafeicultura capixaba experimentou um expressivo aumento da produção estadual e produtividade. Do ano 2000 a 2006, a produção estadual passou de 4,5 milhões de sacas para 6,9 milhões de sacas, um crescimento de 52,9%, enquanto a produtividade média saltou 15,39 sacas/ha para 24,12 sacas/ha no mesmo período.

Tal crescimento pode ser atribuído ao desenvolvimento de tecnologias geradas e difundidas pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), com apoio do CBP&D/Café, onde a pesquisa com o conilon é tradicional e vem sendo conduzida desde 1985. Este resultado chama a atenção de centros de pesquisa em Minas e São Paulo, como incentivo para o desenvolvimento de pacotes tecnológicos alternativos e viáveis para o sucesso do café robusta em novas fronteiras.


Flor de Coffea canephora

Informações e programação completa dos cursos

VIII Curso de Atualização em Café
Centro de Análise e Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Café "Alcides Carvalho"
Fone: (19) 3212-0458 / 3241-5188 ramal: 370

10º Encontro sobre Produção de Café com Qualidade
Departamento de Fitopatologia (UFV)
Fone: (31) 3899-1094

As informações são de Cibele Aguiar, da Embrapa.

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