O II Fórum Mundial de Produtores de Café acontece na próxima semana, em Campinas, nos dias 10 e 11 de julho. Organizações que representam produtores de café de todo o mundo irão se reunir para debater sobre os preços do café e encontrar caminhos mais sustentáveis na atividade cafeeira.
A primeira edição do Fórum aconteceu em 2017, na cidade de Medellin, na Colômbia. “Em Medellin, a meta era encontrar um meio de mobilizar os produtores para ter um fórum coordenado para discutirmos nossas questões”, afirmou Vanusia Nogueira, diretora da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). “Os preços só caíram desde então. Agora nós precisamos discutir alternativas para melhorar a renda dos produtores”, afirmou.
Os preços do café em Nova York tocaram uma mínima de 12 anos em maio: 86 centavos por libra-peso. Na semana passada se recuperou por conta da expectativa de um clima frio no Brasil, mas ainda estão em um nível visto por muitos produtores como insustentável.
O chefe da cooperativa Minasul, José Marcos Magalhães, membro do Conselho Nacional de Café (CNC), disse a Reuters Brasil que algumas das questões que serão discutidas estão relacionadas ao modo como os produtores comercializam sua safra. “Nós precisamos usar tecnologia, novos aplicativos para facilitar e acelerar as vendas. Os produtores precisam ter meios de aproveitar a oportunidade em momentos em que os preços sobem”, afirmou ele, que também participa da organização do evento.
Magalhães destacou que a fatia dos produtores sobre as receitas geradas pelo café ao redor do mundo tem caído continuamente. Nesta semana, a federação de café da Colômbia sugeriu um piso de 2 dólares por libra-peso para o café como um meio de proporcionar retornos justos para os produtores e evitar que eles reduzam a produção ou deixem o setor.
As informações são da Reuters Brasil.